sexta-feira, 17 de outubro de 2014

8 sinais de que você tem um péssimo chefe

8 sinais de que você tem um péssimo chefe
Especialista cita os erros mais comuns que os líderes cometem com sua equipe. Confira quais são eles e veja se você tem um mau chefe
Por Luiza Belloni Veronesi |9h52 | 17-10-2014
SÃO PAULO - Um bom líder é capaz de influenciar o clima organizacional da empresa e engajar seus subordinados. Em vez disso, alguns gestores cometem erros cruciais no dia-a-dia que comprometem sua credibilidade e confiança da equipe.
O presidente e fundador da Liderança Autêntica, empresa de educação empresarial especializada em desenvolvimento de lideranças, Fábio Santoro, citou as falhas mais comuns dos líderes. Confira quais são eles e veja se você tem um mau chefe:
1 – Ele não define valores. Segundo Santoro, não ter autoconhecimento é o principal elemento que faz seu chefe ser um péssimo gestor. Não saber as próprias competências comportamentais, valores e princípios deixam seus subordinados confusos quando à liderança.
2 – Ele é antipático e retraído. Outro comportamento que afeta a liderança é a falta de conexão emocional com os profissionais. “Ele precisa criar uma certa empatia, casar emoções com sua equipe”, disse o executivo. Segundo ele, uma forma fácil de fazer isso é escutar os subordinados. “Aqueles incapazes de escutar seus liderados criam um distanciamento na equipe, não dá abertura e falta transparência.”
3 – Ele não sabe controlar os nervos. O seu gestor se deixa levar pelos sentimentos e age por impulso? Segundo Santoro, isso mostra imaturidade diante dos desafios, além de deixar a equipe insegura com a gestão. “O líder precisa passar tranquilidade acima de tudo para a equipe.”
4 – Ele é refém das metas da empresa. Santoro conta que esse é o erro mais difícil de mudar. O chefe não sabe dizer “não” à diretoria da empresa e concorda com metas intangíveis, que serão atribuídas aos profissionais. “Ele não consegue defender, a partir de sua vivência na área, as prioridades da equipe e acata o que foi pedido. Ele vai causar um sentimento de insatisfação generalizado, deixando sua equipe desmotivada.”
5 – Ele tem seus “favoritos”. Seu chefe tem um “escolhido” que sempre defende? Saiba que esse é um erro muito comum em qualquer organização. Para Santoro, mesmo que o chefe tenha afinidade com alguém, ele não pode deixar transparecer, pois cria intriga na equipe. “Gera um clima de injustiça. As pessoas não são reconhecidas pelo trabalho, mas pela empatia com o chefe.”
6 – Ele fez promessas que não são cumpridas. Ele te prometeu aumento salarial, uma nova posição no trabalho ou mais benefícios, mas até agora, nada disso se cumpriu. Fazer promessas falsas apenas gera expectativas momentâneas aos liderados, mas depois o sentimento é de desmotivação. “A pessoa se esforça para dar mais resultados para a empresa, pensando que virá o reconhecimento, mas quando isso não acontece, o líder perde a credibilidade. Esse funcionário não vai mais acreditar nele.”
7 – Ele nunca está errado. Um estudo elaborado pela Universidade de Harvard sobre as principais falhas dos chefes mostra que 87% erram por questões temperamentais, de “puro ego”. “A  incapacidade de escutar, ter a convicção que só ele está certo e que ninguém pode dar sugestões abala completamente as chances de ser um líder capaz de engajar e motivar profissionais ao seu entorno”, acrescenta Santoro.

8 – Ele não faz feedback. Você faz seu trabalho, mas não tem ideia do que pode melhorar porque seu gestor não lhe dá um retorno de seu desenvolviment to.Também há casos em que o feedback acontece, mas o gestor se atenta apenas ao passado, seja o último semestre ou ano, e se esquece de mostrar preocupação com as competências do profissional. “Ele não mostra o que pode ser melhorado daqui para frente. O feedback acaba se tornando raso e sem sentido.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

10 dicas e truques para aprender qualquer idioma

10 dicas e truques para aprender qualquer idioma


Matthew Youlden fala nove idiomas fluentemente e entende, pelo menos, mais de doze. Nós trabalhamos no mesmo escritório em Berlim, assim, frequentemente, eu o vejo em ação utilizando suas ferramentas, trocando de idioma como um camaleão muda de cor. Na verdade, por um bom tempo, eu sequer sabia que ele era britânico.
Quando eu contei ao Matthew a batalha que foi para eu aprender um segundo idioma, ele me deu os seguintes conselhos. Dessa forma, se você acreditar que você nunca poderá ser bilíngue, preste bem atenção nas próximas linhas!

1. SAIBA O PORQUÊ VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO

Isso parece óbvio mas se você não tiver uma boa razão para aprender um idioma, haverá menos probalidade de você se manter motivado durante a longa caminhada. Querer impressionar falantes do inglês com o seu francês não é uma boa razão: já, querer conhecer um francês ou uma francesa no seu próprio idioma, é algo completamente diferente. Não interessa o seu motivo, uma vez que você decidiu aprender um idioma, é fundamental se manter firme em sua decisão: “Tudo bem, eu quero aprender esse idioma e, por isso, vou fazer tudo o que puder neste idioma, com este idioma e por esse idioma.”

2. MERGULHE DE CABEÇA

Então, você fez a promessa. E agora, como fica? Como continuar? Há uma maneira certa, um caminho apropriado para aprender? Matthew recomenda a abordagem máxima de 360°: não importa quais ferramentas você usar, é fundamental praticar seu novo idioma todos os dias. “Eu tenho uma tendência de querer absorver o máximo possível no início. Assim, se eu estou aprendendo algo eu mergulho no aprendizado e tento usar o que estou aprendendo sempre que posso e todos os dias. Conforme os dias passam, eu tento pensar, escrever e falar comigo mesmo neste idioma. Para mim é preciso colocar em prática aquilo que você está aprendendo - seja escrevendo um e-mail, falando sozinho, ouvindo música, ouvindo rádio. Envolver-se, mergulhar na nova cultura é extremamente importante.” Lembre-se, a melhor forma de falar um idioma é fazer com que as pessoas falem com você. Ser capaz de ter uma simples conversa com alguém é uma enorme recompensa para si mesmo. Atingir metas como essas no início, tornará mais fácil a tarefa de manter-se motivado e continuar praticando: “Eu sempre tenho em mente que o melhor caminho é adaptar o próprio jeito de pensar ao jeito de pensar daquele idioma. Obviamente, o falante do espanhol ou o falante do hebraíco ou o falante do holandês não possue somente uma forma única de pensar, mas a ideia é utilizar o idioma para criar o seu próprio mundo linguístico.”

3. ENCONTRE UM PARCEIRO

Matthew aprendeu vários idiomas junto com o seu irmão gêmeo Michael (eles decifraram o seu primeiro idioma estrangeiro, o grego, quando tinham apenas oito anos). Matthew e Michael ou os irmãos super-poliglotas, como eu gosto de chamá-los, ganharam seus superpoderes através de uma saudável rivalidade entre irmãos. “Nós estávamos sempre muito motivados e ainda estamos. Nós nos provocamos constantemente, praticamente empurramos um ao outro para conseguirmos chegar lá de verdade. Se ele percebe que estou conseguindo mais que ele, ele fica meio enciumado e tenta me alcançar (talvez porque ele seja meu irmão gêmeo) - e vice-versa.” Mesmo que você não tenha um irmão para viver sua aventura linguística, ter qualquer outro tipo de parceiro estimulará os dois a sempre se esforçarem um pouco mais e não deixar a bola cair: “Eu acho que essa é uma forma muito boa de aprender. Ter alguém com quem você possa falar é a ideia atrás do aprendizado de um idioma.”

4. CONCENTRE-SE NAQUILO QUE É IMPORTANTE

Se você fizer da conversação o seu objetivo desde o início, você provavelmente não ficará se perdendo nos livros didáticos. Assim, conversar com pessoas que falam esse idioma será a parte mais relevante do seu processo de aprendizado: “Você está aprendendo um idioma para ser capaz de usá-lo. Você não vai falá-lo consigo mesmo. O lado criativo de aprender um idioma, é realmente colocá-lo em uso em situações do dia a dia - seja escrevendo letras de música, conversando com pessoas ou usando-o quando você viaja para o exterior. Se bem que você não precisa, necessariamente, viajar para o exterior para usá-lo, você pode ir no restaurante grego ali na esquina e pedir em grego.”

5. DIVIRTA-SE COM O APRENDIZADO

Usar o seu novo idioma é, de qualquer forma, um ato criativo. Os irmãos super-poliglotas praticavam seu grego compondo e gravando músicas. Pense em algumas formas divertidas de praticar seu novo idioma: faça um programa de rádio com um amigo, desenhe histórias em quadrinhos, escreva poemas ou simplesmente fale, fale e fale o máximo que você puder. Se você não conseguir descobrir uma forma de se divertir com o seu novo idioma, é possível que você não esteja seguindo o passo número quatro.

6. VIRE CRIANÇA NOVAMENTE

Isto não quer dizer que você deva sair por aí gritando sem parar, tendo ataques de choro ou que você deva melecar seu cabelo com comida quando for a um restaurante, mas sim, que você deve tentar aprender do jeito que as crianças aprendem. A ideia de que crianças aprendem melhor do que adultos tem provado ser apenas um mito. Novas pesquisas não puderam encontrar uma ligação direta entre idade e habilidade para aprender. A chave para aprender tão rápido como as crianças deve estar simplesmente em agir, em certas situações, da mesma forma que elas agem: por exemplo, a espontaneidade em falar aquilo que lhes vem à cabeça, o jeito com que brincam com tudo, inclusive com o idioma e a inexistência de bloqueios. Crianças, normalmente, não têm medo de dizer bobagens na hora de falar. Nós aprendemos errando. No caso das crianças espera-se que elas cometam alguns erros, já no caso dos adultos, isso parece ser um tabu. Pense em como é mais fácil ouvir de uma pessoa adulta, “Eu não sei”, do que, “ Eu ainda não aprendi isso” (Eu não sei nadar, eu não sei dirigir, eu não sei falar espanhol). Ser visto errando (ou tentando acertar) é um tabu social que não atinge as crianças. Aprender um idioma admitindo que você não sabe tudo (e que isso não é um problema) é a chave para se desenvolver e ser livre. Assim, deixe pra lá suas inibições do mundo adulto!

7. SAIA DA SUA ZONA DE CONFORTO

Boa vontade para cometer erros significa estar preparado para se colocar em situações embaraçosas. Eu sei, isso pode dar um medo danado, mas é a única maneira de se desenvolver e progredir. Não interessa o quanto você aprende, você não vai conseguir falar um idioma sem se mostrar: fale com estrangeiros na sua língua materna, pergunte pelo caminho, peça a comida no restaurante, tente contar uma piada. Quanto mais vezes você fizer isso, maior se tornará a sua zona de conforto e ficará muito mais fácil se sair bem em novas situações: “No início, você vai encontrar dificuldade: talvez com a pronúncia, talvez com a gramática, a sintaxe, ou você não conseguirá realmente entender as palavras. Mas eu acho que o mais importante é estar sempre desenvolvendo essa sensibilidade. Todo falante nativo tem uma sensibilidade para a sua língua materna e isto é o que faz dele um falante nativo - a capacidade de fazer do idioma o seu próprio idioma.”

8. OUÇA COM ATENÇÃO

Para aprender a desenhar, você precisa primeiro aprender a olhar, a observar. Da mesma forma, você precisa primeiro aprender a escutar para depois aprender a falar. O som de qualquer idioma parece meio estranho quando você o escuta pela primeira vez. Assim, quanto mais contato você tiver com esse idioma melhor. Os sons se tornarão cada vez mais familiares e, assim, será mais fácil falá-lo corretamente:
“ Nós somos capazes de pronunciar qualquer coisa, nós só não estamos acostumados a fazer isso. Por exemplo, o “r” rolado não existe na minha forma do inglês. Quado eu estava aprendendo espanhol havia palavras com esse “r” duro como em perro e reunión. Para mim, a melhor forma de lidar com a situação era ouvir constantemente e visualizá-lo ou imaginar como ele deveria ser pronunciado, pois para cada som há uma parte específica da boca e da garganta que nós usamos para conseguirmos produzir aquele som.”

9. OBSERVE AS PESSOAS FALAREM

Idiomas diferentes exigem diferentes movimentos da sua língua, lábios e garganta. A pronúncia é muito mais um processo físico do que mental. “Uma forma de treino - e isso pode parecer bem estranho - é realmente olhar uma pessoa enquanto ela está pronunciando aquele som que você não consegue produzir e tentar imitar esse som o máximo de vezes que você puder. Confie em mim, vai parecer ser bem difícil no começo, mas você vai conseguir. Na verdade, pronúncia é algo bem fácil de ser feito corretamente; você só precisa treinar.” Se você não pode observar um falante nativo ao vivo e a cores, assistir filmes estrangeiros ou televisão pode ser um bom substituto.

10. FALE SOZINHO

Não há problema algum em falar sozinho quando você não tem ninguém para conversar. “Isso pode parecer muito estranho mas, na verdade, falar sozinho no idioma é uma forma excelente de praticá-lo se você não pode utilizá-lo o tempo todo.” Esse método pode manter novas frases e palavras na sua mente e ajudá-lo a melhorar sua confiança na próxima vez que você conversar com alguém.

(Bonus) RELAXE!

Você não chateará as pessoas se não falar bem o idioma delas. Se você começar uma conversa dizendo “Eu estou aprendendo e gostaria de praticar…”, a maioria das pessoas será paciente, encorajando você e sentido-se feliz em ajudar. Além disso, há aproximadamente um bilhão de falantes do inglês não-nativos no mundo todo, a maioria deles preferiria falar o seu próprio idioma se pudesse escolher. Tomar a iniciativa para entrar no mundo linguístico de alguém pode deixá-lo à vontade e fazer com que todos se sintam bem: “Com certeza, você pode viajar para o exterior falando seu próprio idioma mas você aproveitará muito mais se puder realmente se sentir à vontade no lugar onde está - conseguindo se comunicar, entender, interagir em todo tipo de situação que você possa imaginar.”

MAS QUAL É O SENTIDO?

Nós demos uma introdução em COMO começar a aprender um idioma mas talvez você ainda esteja pensando em PORQUE aprendê-lo? Matthew tem uma última observação a esse respeito: “Eu acho que cada idioma revela uma forma de ver o mundo. Se você fala um determinado idioma, você terá uma forma diferente de analisar e interpretar o mundo da do falante de um outro idioma. Até mesmo idiomas que são bem próximos como espanhol e português, que podem ser considerados mutuamente inteligíveis, são da mesma forma dois mundos diferentes - duas mentalidades diferentes. Por isso, depois de ter aprendido outros idiomas e de estar cercado por outros idiomas , eu não poderia renunciar a qualquer um deles pois eu estaria renunciando a possibilidade de ver o mundo de formas diferentes. Não somente de uma forma, mas de diferentes formas. O estilo de vida monolingual para mim, é muito triste, muito só, é uma forma mais chata de ver o mundo. Há tantas vantagens em aprender um idioma; eu realmente não consigo achar nenhuma outra razão para não fazer isso.”
Traduzido por: Pedro Werneck
Matthew The Polyglot