quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sogro enfurecido

O genro chega com sua amante a um motel e lá encontra o carro do seu sogro estacionado.

Bravo com a leviandade do sogro resolveu aplicar-lhe uma lição, rouba o som de seu carro e faz alguns riscos na lataria.

No dia seguinte vai visitar o sogro que se mostra muito enfurecido.

Está triste sogro? Aconteceu alguma coisa? Porque está tão bravo?

O que o sogro esclarece:
Como não vou estar bravo, se emprestei meu carro à descuidada de sua mulher para ir à igreja e lhe roubaram o rádio e ainda riscaram a lataria?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O NÃO de ELOÁ

O NÃO de ELOÁ
 Créditos: Apresentação Elaborada pelo Professor Jorge Pétrus - SP http://www.professorjorge.org
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ARTIGO PUBLICADO NO JB, DA DRª MARIA ISABEL, PROFESSORA DE PSICOLOGIA, QUE DENOMINEI DE "O NÃO DE ELOÁ". VALE A PENA LER... Isabel Alves Centro de Apoio e Defesa da Cidadania-RJ Encaminhado por sua aluna Danielli Pinho.
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UM ALERTA PARA OS PAIS!!!   Criando um Monstro   O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a  estragar a  própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada?   Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A​&​n​b​s​p​;​s​i​t​u​a​ç​ã​o​&​n​b​s​p​;​&​n​b​s​p​;​s​o​c​ i​a​l da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou  mental? Permissividade da sociedade?  O que faz alguém achar que pode comprar armas  de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e  desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em d​u​a​s​&​n​b​s​p​;​p​e​s​s​o​a​s​&​n​b​s​p​;​&​n​b​s​p​;​i​ n​o​c​e​n​t​e​s​?
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O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse não, não  quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não.  Seu desejo era mais importante.   Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os p​r​o​g​r​a​m​a​s​&​n​b​s​p​;​&​n​b​s​p​;​v​e​s​p​e​r​t​i​n​o​s de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem  chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
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Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao s​e​n​s​a​c​i​o​n​a​l​i​s​m​o​&​n​b​s​p​;​d​a​&​n​b​s​p​;​i​m​p​ r​e​n​s​a em torno do caso, que permitiu que o tal seqüestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.
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O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e​&​n​b​s​p​;​p​r​o​f​e​s​s​o​r​e​s​&​n​b​s​p​;​m​o​r​r​e​m de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras. Chefes que não dizem não aos subordinados. Gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do p​r​o​f​e​s​s​o​r​,​&​n​b​s​p​;​d​a​&​n​b​s​p​;​n​a​m​o​r​a​d​a​ , do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.
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Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias.  Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer: Não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber u​m​a​&​n​b​s​p​;​c​e​r​v​e​j​i​n​h​a​&​n​b​s​p​;​e​n​q​u​a​n​t​ o não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você.  Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.  Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
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Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do c​h​e​f​e​.​&​n​b​s​p​;​C​h​u​t​a​m​&​n​b​s​p​;​m​e​n​d​i​g​o​s e prostitutas na rua. E daí por diante. Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranqüilo e livre, conseguem p​e​r​f​e​i​t​a​m​e​n​t​e​&​n​b​s​p​;​e​n​t​e​n​d​e​r​&​n​b​s​p​ ;​u​m​a sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
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Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.
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Se você acha importante que algumas coisas sejam mudadas em nossa Sociedade, Educação e Mídia. Pode começar repassando essa apresentação para seus amigos e todos aqueles que você quer bem. Créditos: Apresentação Elaborada pelo Professor Jorge Pétrus - SP http://www.professorjorge.org

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O crack virou epidemia

revista veja  19/11/2011   às 19:30 \ Política & Cia

“O crack virou epidemia”, adverte o ministro da Saúde, Alexandre Padilha


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Alexandre Padilha, ministro da Saúde (Foto: Cristiano Mariz)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala ao jornalista Otávio Cabral, em entrevista com o título original de “O crack virou epidemia” publicada em Páginas Amarelas da VEJA que está saindo das bancas, de 16 de novembro de 2011.
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O ministro da Saúde admite que a droga avançou mais rápido do que as ações de combate travadas contra ela e se diz favorável à internação compulsória de viciados
Caçula da Esplanada dos Ministérios, Alexandre Padilha, de 40 anos, assumiu o cargo em janeiro em meio a uma intensa discussão sobre a necessidade da criação de um novo imposto para financiar a saúde brasileira.
Dez meses depois, ele tem um diagnóstico claro sobre o assunto. Para o ministro da Saúde, é melhor arregaçar as mangas e fazer mais e melhor com o dinheiro disponível do que reclamar da falta de verbas. Para fazer o dinheiro render, Padilha incentivou a meritocracia – o ministério repassa mais dinheiro aos hospitais que atendem melhor. Ele não vê fundamento na tese corrente de que o governo pretende recriar a CPMF.
Padilha falou sobre a ruína provocada pelo crack e criticou quem acha que o ex-presidente Lula, diagnosticado com câncer na laringe, deve se tratar pelo SUS.
O ex-presidente Lula iniciou um tratamento contra um câncer de laringe em um hospital privado. Uma campanha na internet pede que ele se trate na rede pública, para “sentir na pele” o legado que deixou para a saúde brasileira. O SUS é tão ruim assim?
Há duas questões importantes nessa discussão. Primeiro, alguém que paga por trinta anos um plano de saúde, como Lula pagou, precisa ter o tratamento custeado por esse plano. Essa é a regra.
Não podemos achar natural que alguém que paga um plano de saúde tenha de recorrer ao sistema público para se tratar. Se isso acontecer, o plano deverá reembolsar o governo. Não só no caso de câncer, mas todo gasto do SUS com pacientes que têm plano de saúde deve ser devolvido à União.
A outra questão é que o SUS está, sim, preparado para tratar de câncer. Os medicamentos que o ex-presidente está recebendo no Hospital Sírio-Libanês são os mesmos fornecidos pelo SUS. Neste ano, aumentamos em 22% o orçamento para o câncer.
Nos últimos oito anos, dobrou o número de procedimentos de quimioterapia na rede pública. É lógico que temos muito a melhorar. Mas essas críticas não têm sentido. Muita gente que condena Lula por não se tratar no SUS também iria criticá-lo se ele fosse para um hospital público ocupar a vaga de uma pessoa sem plano.
Pesquisas de opinião pública mostram que o brasileiro considera a saúde o pior serviço prestado pelo governo. O que está sendo feito para mudar essa percepção?
Nosso maior desafio é melhorar o atendimento à população. O SUS precisa ter obsessão pela qualidade. O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que resolveu ter um sistema nacional público e gratuito.
A Índia, a China, o Paquistão, a Indonésia e os Estados Unidos não fizeram isso.
O sistema brasileiro tem 1 milhão de internações por mês, mais de 3,5 bilhões de procedimentos ambulatoriais. Mas essa dimensão não pode impedir que o SUS se preocupe com a qualidade.
Fila para atendimento em posto do SUS de Pernambués
"Nosso maior desafio é melhorar o atendimento à população" (Foto: Arestides Baptista/Ag. A Tarde/Folhapress)

Sim, mas como melhorar o atendimento?
Há duas linhas principais: a melhoria dos gastos e o combate aos desvios de recursos. Já começamos a criar políticas de incentivo financeiro pela qualidade. As equipes de saúde que prestarem um serviço melhor à população poderão ter o repasse de recursos federais dobrado. Já lançamos esse programa nos postos de saúde dos bairros.
As equipes são cadastradas, acompanhadas por um painel de indicadores de qualidade e pesquisas de avaliação do usuário. Quem reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade do atendimento vai receber mais.
Um discurso comum a todos os governos é que faltam recursos para a saúde. Falta mesmo dinheiro ou ele é malgasto?
Meu papel como ministro é fazer mais e melhor com o dinheiro que tenho. Não posso ficar parado esperando mais recursos chegarem.
O primeiro passo é incentivar a qualidade. O segundo é economizar e combater o desperdício de recursos.
Nos primeiros dez meses do ano, o ministério conseguiu economizar mais de 1,1 bilhão de reais só mudando a forma de compra de medicamentos.
Isso permitiu que colocássemos remédio de graça em farmácias para hipertensos e diabéticos. Economizando, combatendo o desperdício e procurando a eficiência, nós podemos fazer mais com o que já temos.
De uma vez por todas, o governo vai ou não vai criar um novo imposto para a saúde?
Isso nunca foi debatido no governo. Eu nunca recebi da presidente a determinação de defender a recriação da CPMF. O Congresso levantou esse tema do financiamento, é um debate importante para o futuro.
É lógico que ter mais dinheiro para a saúde seria importante. Mas o papel do governo é fazer mais com o que já tem.
Desde o início do governo Dilma, cinco ministros foram demitidos por suspeita de corrupção. O que seu ministério vem fazendo para conter os desvios de dinheiro?
No dia em que a presidente Dilma me convidou para ocupar o ministério, deu-me uma orientação muito clara no sentido de reforçar o combate aos desvios e desperdícios.
Já tomei algumas medidas para isso. A primeira foi obrigar os municípios a ter uma conta específica para receber os recursos da Saúde, o que torna todas as movimentações rastreáveis, dificultando os desvios.
Também criamos um cadastro com todos os estabelecimentos de saúde e seus profissionais. Cruzando esses dados, foi possível descobrir que 14 000 médicos tinham registros incompatíveis com a realidade, já que trabalhavam mais de 24 horas por dia. Com essa medida, descredenciamos 3 500 serviços de saúde, o que resultou numa economia de 40 milhões de reais por mês.
Também passamos um pente-fino nos medicamentos para glaucoma e detectamos um uso excessivo e inexplicável do remédio. Descredenciamos esses serviços e exigimos a devolução do dinheiro desperdiçado. É um trabalho longo, que está só no começo.
Um dos principais motivos das crises de corrupção é o loteamento dos cargos entre os partidos. A sua pasta, por exemplo, é tradicionalmente um loteamento do PMDB…
A presidente me convidou para o cargo por ser médico e ter experiência na saúde. Ela disse que esta é a linha clara que eu deveria seguir: compor uma equipe com compromisso com a saúde de qualidade, com pessoas preparadas tecnicamente.
Montei uma equipe com experiência em gestão, o que não seria possível se o ministério se preocupasse apenas com política. A orientação na Saúde é clara: compor a equipe com o único critério de compromisso com a saúde, mais nada.
A diretoria da Funasa, por exemplo, hoje é toda composta por profissionais de carreira, sem indicações políticas.
O governo está há tempos prometendo lançar uma campanha de combate ao crack. Por que está demorando tanto?
Eu estive pessoalmente na Cracolândia de São Paulo no início do ano e observei de perto a deterioração provocada pelo crack.
Para mim, é evidente que essa droga se tornou uma epidemia, não há outro termo, não há como amenizar. Por isso, a ação não pode ser exclusiva da saúde. É preciso haver uma coordenação de ações de segurança pública, de educação, de reinserção social.
Nós, da Saúde, queremos pôr o dedo nessa ferida do crack e ajudar a cicatrizá-la. Já não é sem tempo, a epidemia avançou mais rápido do que as ações de combate.
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Imagens da cracolândia, em São Paulo: uma epidemia (Apu Gomes/Folhapress)
O senhor é favorável à internação compulsória?
Precisamos ter serviços de saúde diferentes para situações diferentes. É grave ter centenas de pessoas se drogando na Cracolândia, com suas famílias desestruturadas, sem perspectiva de reabilitação.
Nesses espaços, é necessário ter consultórios de rua e pessoas capacitadas. Para esses casos, eu tenho a convicção clara, dentro do que a Organização Mundial de Saúde defende, de que a internação involuntária é fundamental para proteger a vida das pessoas viciadas.
Temos regras e protocolos para isso. Não é usar a polícia para carregar o dependente para uma clínica qualquer. É preciso a avaliação de um profissional de saúde, é preciso escolher um local adequado. Sou contra o recolhimento compulsório por policiais. Agora, eu defendo, sim, a internação involuntária em caso de risco de vida.
Outro problema que parece não ter solução é a infinidade de acidentes de trânsito causados por motoristas alcoolizados. A Lei Seca fracassou?
Há uma epidemia de acidentes no país. Em 2010, pela primeira vez o Brasil ultrapassou as marcas de 140 000 internações no SUS por acidentes e de mais de 40 000 mortos. Isso mostra que precisamos reforçar os sistemas de prevenção.
Logo que a Lei Seca foi criada, ela teve um impacto positivo. E os Estados que continuaram apertando a fiscalização também tiveram redução nos acidentes. O Rio de Janeiro é um exemplo. Por isso, em primeiro lugar é preciso intensificar a fiscalização, a lei não pode ser ignorada.
Também é necessário discutir no Congresso um reforço à punição prevista na lei. Uma pessoa que é flagrada dirigindo alcoolizada deve ser punida com rigor. Com multas pesadas, apreensão do carro, da carteira de habilitação. O Brasil não pode conti­nuar perdendo vidas para essa combinação de álcool com alta velocidade. A Lei Seca precisa conter esses motoristas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma ofensiva contra a venda de remédios para emagrecimento. Não é uma intervenção excessiva do Estado na atividade médica?
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A Anvisa tem total autonomia nas decisões sobre proibição de medicamentos: para emagrecimento, "há muitos casos de remédios que foram liberados e só anos depois se descobriu que causavam problemas" (Imagem: Thinkstock)
Dou total autonomia às decisões da Anvisa, não tenho nenhuma influência [no órgão]. Agora, em saúde, é sempre melhor prevenir do que remediar. É sempre bom agir com o conceito da precaução. A Anvisa faz consultas públicas, ouve todos os lados e toma a decisão que acha correta, baseada unicamente em critérios técnicos.
Sobre esse tema dos remédios de emagrecimento, há posições diferentes entre os médicos brasileiros, há países que proíbem e outros que liberam.
Eu concordo com a decisão da agência, já que há muitos casos de remédios que foram liberados e só anos depois se descobriu que causavam problemas.
Já podemos dizer que a aids é um problema sob controle?
Não. Hoje há uma grande preocupação com o combate à aids entre as mulheres jovens, principalmente de 13 a 19 anos. Há uma redução das práticas de sexo seguro entre os mais jovens. É uma geração que não teve as referências que a minha geração, que está na faixa dos 40 anos, teve no combate à aids.
A atual geração não teve ídolos e celebridades que sofreram com a doença. É preciso levar mais informação e diagnóstico mais rápido para a população, sobretudo para os mais jovens.
É unanimidade no meio político que a presidente Dilma é uma pessoa dura, que cobra resultados com muito mais rigor do que seu antecessor. O senhor é alvo dessas cobranças?
Eu convivi muito de perto com os dois, fui ministro dos dois. Eles cobram muito, acompanham de perto as ações, sempre estabelecem metas claras.
Todas as cobranças que a presidente Dilma me fez foram para acertar os rumos da saúde. É bom que a gente tenha uma presidente que exige muito dos ministros, porque isso contribui para o aprimoramento da gestão.
Mas são exigências justas, não tenho do que reclamar. É muito fácil trabalhar com ela.
O senhor trabalhou diretamente com o ex-ministro José Dirceu. Ele tem mesmo influência exagerada no governo?
Hoje, como militante do PT e ministro da Saúde, recebo orientações e influências do presidente do partido e da presidente da República. Há muito de mito em torno dos outros dirigentes, mas a política também se faz por mitos.
Só que o PT não é um partido que se deixa influenciar por uma única pessoa. Mesmo Lula não consegue mandar no PT.
Quem será o candidato do PT em 2014, Dilma ou Lula?
A presidente Dilma, como vai fazer um bom governo, vai conduzir o processo de sucessão. Obviamente, ela é a principal candidata.
“]  Dilma Rousseff e Lula Mas o senhor descarta a volta de Lula?
Lula está fazendo política e vai continuar fazendo. Aliás, Lula nunca precisou de cargo para fazer política. Mas 2014 está muito longe, não é hora de pensar nisso.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CRACOLÂNDIA BRASIL

CRACOLÂNDIA BRASIL

Viramos uma imensa cracolândia. Temos, hoje, 800 mil consumidores de crack. Há dez anos, eram 200 mil viciados. O crescimento foi tremendamente acelerado. Outros países, como os Estados Unidos, sofrem também do mesmo mal. Só que, ali, a epidemia teve o seu auge nos anos 80. Em 1988, 2,5 milhões de americanos eram consumidores da droga. Com as políticas públicas postas em funcionamento no país do norte, os números foram caindo progressivamente. Em 2002 eram 337 mil viciados. Hoje esse número caiu para 83 mil. A epidemia do crack está no seu ponto mais alto, hoje, no Brasil. Segundo estudos divulgados pela revista Veja (“É pior do que parece”, edição 2252, 18/01/ 2012 e “O crack bate à nossa porta”, edição 2253, 25/01/ 2012), dados coletados em 4430 municípios revelam um fato estarrecedor: 91% das cidades foram invadidas pelo crack. É uma estatística deveras trágica, pois a invasão da droga da morte se traduz num aumento extraordinário de criminalidade, notadamente de homicídios, o que torna o país um dos mais perigosos do mundo. A desgraça da droga disseminou-se democraticamente pelo Brasil afora, sem poupar ninguém: pobres, remediados e abastados são hoje vítimas da maré assassina. Para todos eles, as portas de entrada para o crack foram o álcool, a maconha e a cocaína. A recente operação da polícia paulista na cracolândia revelou esse perfil universal da droga, que abarca todas as classes sociais.

A percepção pela sociedade do tamanho do mal ensejado pelo consumo de drogas é, via de regra, tardia. Acontece em nível macro o mesmo fenômeno que ocorre com a percepção do fenômeno em escala familiar: as pessoas procuram negá-lo e só o reconhecem quando já está instalado e começou a produzir efeitos de desagregação social, que se traduzem em mortes violentas, agressões contra mulheres, crianças e idosos, roubos, assaltos, etc. É mais fácil não reconhecer a dependência das drogas do que enfrentá-la. No Brasil, demoramos muitos anos até reconhecermos que o crack está afogando o país. O evento que fez acordar a opinião pública, em nível nacional, foi a operação da polícia na cracolândia paulista, no início de 2012. Lembro-me de que, quando cheguei ao Brasil em 1979, fugindo da guerra das drogas na Colômbia, ficava espantado de ver a tolerância e a ingenuidade das pessoas em face do consumo de entorpecentes. Festinhas universitárias eram regadas a cocaína. A maconha tinha-se tornado, já nos anos 80, droga de consumo generalizado entre a classe média. A socialite carioca Narcisa Tamborindegui, no seu livro intitulado: Ai, que loucura, gabava-se de receber, no seu luxuoso ap. da Avenida Atlântica, no Rio, via moto-boy, generosas doses de cocaína para os seus convidados. Em mesa-redonda programada em Juiz de Fora por uma entidade universitária, ouvi de um médico da prefeitura a seguinte aberração, no início dos anos 90: “a questão de consumo de drogas é de foro interno, diz relação apenas à satisfação individual; se você quiser consumir em casa, tudo bem, é só tirar as crianças da sala e mandar ver”. Numa outra mesa-redonda, na PUC do Rio, nos anos 80, já tinha ouvido de um psiquiatra a sábia recomendação, ao Estado, para que financiasse a fabricação e distribuição de um bagulho oficial, que ele batizava de “maconhol”. Tudo se passava no Brasil, para o meu espanto, como ocorrera na Colômbia. Ali, as drogas invadiram todos os estratos sociais, corromperam a política, a magistratura, as Forças Armadas e a polícia, fazendo mergulhar a sociedade numa desastrosa guerra que desestabilizou as instituições e tornou as famílias reféns dos traficantes. Saldo da loucura patrocinada pelas drogas: 450 mil mortos entre 1979 e 2005, na guerra civil patrocinada pelos cartéis de Medellín, de Cali, dos paramilitares e das FARC.

A expansão da fabricação, circulação e consumo de drogas no Brasil não foi uma circunstância fortuita, mas uma decisão friamente planejada pelas máfias do narcotráfico que, no final dos anos 80, consideravam ser necessário transferir o eixo da produção e circulação de narcóticos dos Andes para a costa brasileira e a Amazônia. Isso em decorrência do combate que o governo americano e as autoridades dos países andinos deflagraram contra os traficantes. O Brasil apresentava ainda a vantagem de ter fronteiras secas mal vigiadas e uma grande extensão litorânea sobre o Atlântico Sul, com portos numerosos e sem policiamento efetivo. O nosso país, consideravam ainda os mafiosos, oferecia a vantagem de oferecer um rico calendário de festas multitudinárias, como o carnaval e os festivais de rock, onde, certamente, haveria um incremento significativo do consumo de entorpecentes. Outra vantagem: o grande número de imigrantes vindos dos quatro cantos do mundo, o que facilitava a presença, entre nós, de “mulas” a serviço do narcotráfico. A julgar pelo estado lamentável em que nos encontramos, com praticamente todos os municípios brasileiros invadidos pelos traficantes e com a presença de viciados, não se enganavam as máfias nos seus cálculos originais.

Um fator veio agravar enormemente o problema do narcotráfico no Brasil: os governos populistas, tanto no plano estadual, quanto em nível federal. Foi decisiva para a acelerada penetração do narcotráfico no Rio de Janeiro a dupla eleição de Leonel Brizola para o governo do Estado, ao longo dos anos 80 e 90. A maluca tese do “socialismo moreno”, que tornava os morros santuários da marginalidade, aonde não entrava a polícia, fortaleceu os pequenos traficantes e os tornou praticamente invencíveis no confronto com as foras da ordem, bastante minadas, aliás, pela corrupção, que deu ensejo ao fortalecimento da “banda podre” ainda em atividade e com ramificações, nos dias atuais, entre as milícias. O populismo, no plano federal, tornou-se explícito nos dois governos de Lula, e nas suas alianças pseudo-estratégicas com populistas de carteirinha como Chávez, na Venezuela, e Morales, na Bolívia, ambos afinados com o samba doido do socialismo bolivariano.

Abriram-se as comportas para a presença, entre nós, de “representantes internacionais” das FARC, acobertadas generosamente por Chávez em território venezuelano e beneficiadas com a cega estratégia do Foro de São Paulo, que tinha como finalidade o combate ao imperialismo ianque, mediante o fortalecimento do comunismo latino-americano e, evidentemente, do narcoterrorismo das FARC. O narcotráfico boliviano aproveitou o ensejo e passou a despachar para o Brasil cada vez mais toneladas de cocaína, para o consumo dos nossos narco-dependentes e para o comércio internacional. Os “representantes” das FARC no Brasil ajudaram a acelerar a penetração de traficantes na Amazônia brasileira. Foi lamentável a fotografia do presidente Lula, na Bolívia, no palanque abraçado a Morales e ostentando, junto com ele, um colar de folhas de coca.

A massiva entrada de toneladas de cocaína pela fronteira com a Bolívia e a mudança do eixo de exportação da droga para a Europa, via África Ocidental, fez com que, nos últimos anos, se deslocasse a fronteira de exportação de tóxicos do Sudeste para o Nordeste do Brasil. Afinal de contas, era muito mais fácil fazer chegar a droga aos portos africanos desde o Nordeste brasileiro, distante apenas seis horas de vôo. Isso produziu o fenômeno que estamos presenciando, de violência indiscriminada nas cidades nordestinas, mal aparelhadas para o combate aos traficantes. A área destinada à produção de cocaína pelo governo boliviano praticamente dobrou: passaram a ser cultivadas vinte mil hectares, enquanto Morales, na fase inicial, tinha delimitado a produção a dez mil hectares. Tudo isso sob as bênçãos do socialismo bolivariano e da retórica esquerdizante da Unasul. E, evidentemente, com a ciosa colaboração do governo brasileiro, guiado nessa desastrosa empreitada pelo ideólogo de plantão, Marco Aurélio Garcia e o chanceler petista dos governos Lula, Celso Amorim. Sobre eles, certamente, recairá o peso do julgamento da história, como os responsáveis pelo acelerado crescimento do comércio da morte, graças ao tresloucado populismo que franqueou as nossas fronteiras aos traficantes andinos.

Como enfrentar o desastre do crack no Brasil? É necessário, em primeiro lugar, identificar os erros do passado que conduziram ao estado de desagregação presente, a fim de que não os repitamos. É imperativo, em segundo lugar, unificar esforços da sociedade civil e dos governos federal e estaduais, a fim de formular políticas públicas que façam frente à desgraça do comércio da morte, combatendo, com denodo, a produção, a comercialização e o consumo de crack. O combate ao consumo não é fácil e, certamente, não se restringe à descriminalização de algumas drogas como a maconha. Ela continua sendo, apesar das atitudes politicamente corretas, porta de entrada para o consumo da cocaína e do crack. Pareceu-me muito sensata a posição defendida recentemente pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quando afirmava recentemente (“Crack - Hora de unir responsabilidades”, in: O Estado de S. Paulo, 25/01/2012): “A luta contra o crack e a discussão polêmica sobre método de internação, tratamento e recuperação de químico-dependentes estão diariamente na mídia. É assunto tão antigo quanto complexo e merece reflexão apurada. A realidade é que o consumo do crack começou no final dos anos 1980 e em menos de 20 anos se difundiu por todo o País. É hoje grave problema de saúde pública e sério desafio para o aparato policial que tenta, na raiz do problema, conter o tráfico e a entrada da cocaína - origem do crack - no Brasil. Trata-se de encarar uma epidemia que hoje assola cidades médias, pequenas e até a zona rural, atingindo todas as classes sociais. Assim, a atuação do Ministério da Saúde é bem-vinda. Usaremos todos os recursos oferecidos, como sempre usamos, pois esse problema só pode ser enfrentado somando esforços e verbas dos três níveis de governo. Não é hora de apontar culpados nem de alimentar pendengas eleitoreiras. É hora, sim, de também prover de mais recursos as forças que combatem os traficantes. Mais investimento e maior concatenação de ações certamente trarão resultados ainda melhores. É hora de os protagonistas da área jurídica se debruçarem sobre os limites legais que ainda impedem internações urgentes e necessárias”.



Ricardo ...vou tomar a liberdade de copiar o teu texto limpo...claro e colocar no meu blog (com o teu endereço ..claro)..
Acredito que o caminho que os americanos tomaram é o melhor... o usuário pego escolhe como quer ser julgado...
Nao existe o consumidor de droga dizer que é inocente.... ninguem é...
Droga pelo proprio nome não faz bem a ninguém ...e tolerancia com "pequenos" crimes é incentivar aos mesmos... e parabens pela colocaçao ao meu ex-colega engenheiro e conterrâneo Leonel... chega de endeusar um politiqueiro inconsequente... o mal que ele fez ao RIO é perguntar ao Delegado Federal e secretario Beltrame como esta sendo facil o combate diário ...sds Arlei Karpinski...http://arleik.blogspot.com

É pior que parece- Crack-

A operação policial organizada para desmantelar a Cracolândia de São Paulo tornou visível um flagelo que hoje assola mais de 90% das cidades brasileiras
Giuliana Bergamo e Kalleo Coura rev Veja.
Durou quase vinte anos. No início dos anos 90, traficantes e usuários de crack de São Paulo começaram a se concentrar nas áreas do centro da cidade para, em grupos cada vez mais numerosos, proteger-se da polícia e ter acesso mais fácil à droga. Com o passar do tempo, foram ocupando as calçadas e as ruas, de maneira que, em algumas, os carros já não podiam circular: desviavam sua rota daquilo que ficou conhecido como Cracolândia, o território particular, escuro e indevassável do crack. Há duas semanas, a Polícia Militar do estado deflagrou uma operação para dispersar os viciados à força. A investida foi classificada de “precipitada” (os serviços de abrigo e tratamento para dependentes não estariam prontos para receber os usuários), “desastrosa” (ela teria simplesmente espalhado pela cidade os dependentes que antes se agrupavam em uma única região) e “errática” (na semana passada, os viciados já haviam voltado à Cracolândia sem que a polícia os molestasse). Se teve erros, o trabalho registrou ao menos dois acertos: o primeiro foi quebrar o domínio territorial dos traficantes, sem o que nenhum combate a drogas é bem-sucedido. O segundo foi que, ao produzir cenas estarrecedoras – como a de centenas de homens, mulheres e crianças vagando sem rumo pela cidade, olhos esgazeados e roupas em farrapos, depois de ser desalojados das ruas que ocupavam –, despertou a atenção do país para um problema que está longe de se limitar à capital paulista.
Um levantamento realizado no ano passado pela Confederação Nacional dos Municípios em 4430 das 5565 cidades brasileiras revelou que o crack é consumido em 91% delas. Cortadores de cana do interior de São Paulo adotaram a droga como “energético”. No Vale do Jequitinhonha e no norte de Minas Gerais, ela avança em ritmo de epidemia. Em Brasilândia de Minas, por exemplo, com 14000 habitantes, a prefeitura já mapeou oito minicracolândias. Em Teresina, a capital do Piauí, 8000 viciados perambulam pelas ruas. Numa aldeia indígena de Dourados, em Mato Grosso do Sul, 10% das 2000 famílias têm ao menos um viciado em casa. A disseminação do crack não poupou nem a remota Amazônia, onde 86% dos municípios registram o consumo da droga.
Tamanha capacidade de penetração deve-se ao baixo preço do crack (5 reais a pedra) e à forma com que ele atua no organismo. Fumada, a pedra desprende um vapor com alta concentração de cloridrato de cocaína, o princípio ativo da droga. Essa substância libera no cérebro a dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Com o crack, a descarga de dopamina no cérebro é duas vezes mais potente do que a causada pela cocaína aspirada. “Ele provoca tamanho caos na química cerebral que, depois de algumas semanas, o usuário está viciado. Ele busca a sensação que experimentou na primeira vez em que utilizou a droga e que nunca mais se repete”, diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Quase todos os dependentes acabam desenvolvendo transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade, e têm os sistemas respiratório e cardiovascular comprometidos. Em cinco anos, um terço deles morre.
O crack surgiu na década de 80, nas Bahamas, um dos principais entrepostos do tráfico de cocaína na rota rumo à América do Norte. Logo se espalhou pela periferia de cidades como Los Angeles, San Diego e Houston. Ao contrário do Brasil, onde os viciados sempre acendem seu cachimbo diante de policiais passivos, nos Estados Unidos as ruas nunca foram território livre para o consumo de drogas. Assim, para fumar, os usuários abrigavam-se em casas abandonadas. Transformadas em antros do vício, elas ficaram conhecidas como crack houses. Em 1988, 2,5 milhões de americanos já tinham consumido crack – e algumas das inevitáveis consequências disso apareciam na forma de estatísticas criminais. Um levantamento mostrou que, na cidade de Nova York, um terço dos homicídios cometidos naquele ano tinha relação com a droga.
Os Estados Unidos conseguiram debelar a epidemia de duas formas. A primeira consistiu em desmontar o esquema dos traficantes por meio do desmantelamento das crack houses. Agentes da polícia se infiltravam nesses locais, colhiam imagens de traficantes para ser usadas como provas nos inquéritos e terminavam invadindo os imóveis, que, em seguida, eram desapropriados pelo poder público.
A segunda estratégia, surgida em 1989 na Flórida e copiada por todos os estados americanos, foi a criação das drug courts, tribunais especializados em delitos relacionados ao uso de drogas. Por esse sistema, viciados flagrados com pequena quantidade de entorpecentes (até 28 gramas, no caso de crack ou cocaína) e que não tenham cometido crimes graves, como homicídio, podem escolher entre ser julgados da forma convencional ou ingressar num programa de tratamento oferecido pelo governo. Quem completa um ano de abstinência (de álcool, inclusive) tem a ficha criminal cancelada. Hoje, nove em cada dez americanos que optam pelo tratamento não cometem novos crimes ao longo do ano seguinte e 70% abandonam a criminalidade de vez. “O programa não só ajudou a recuperar os viciados como significou um duro golpe para os traficantes, que viram a demanda por sua mercadoria diminuir”, diz David Kahn, ex-promotor de Justiça da Flórida. O tratamento médico inclui desde diversos tipos de terapia, como a cognitivo-comportamental e a de grupo, até internação.
Os Estados Unidos não varreram o crack do seu território, mas conseguiram diminuir drasticamente o seu consumo. No ano passado, 83000 americanos passaram a usar a droga. Em 2002, foram 337000. No Brasil, a luta mal começou.