quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A verdadeira justiça social J.R. Guzzo

A verdadeira justiça social
J.R. Guzzo
  
Coluna - Vida Real
Revista Exame - 27/06/2011
Quem, realmente se interessa pelo tema da distribuição de renda deveria lutar pelo meio mais eficaz de dividir de forma mais justa os recursos entre os brasileiros interromper a sangria das mãos do cidadão para o Estado

Ainda se discute bastante no Brasil o tema da distribuição de renda, embora já sem o mesmo ímpeto, o calor e a urgência que marcavam esse debate no passado. O quadro geral, hoje, é menos ruim do que foi em outras épocas, e isso, naturalmente, diminui o gás da discussão. O PT está no governo há mais de oito anos, o que tira dos economistas considerados de "esquerda" boa parte da disposição que tinham para ficar falando do assunto. Saiu de moda, na mídia em geral, a utilização de palavras como "obsceno" para descrever o problema. De qualquer forma, a distribuição da renda no Brasil continua sendo uma tristeza, e por isso o debate permanece de pé. É bom, porque manter ideias em circulação é parte essencial da procura de soluções. Mas é pena a mesmice dos argumentos utilizados na discussão, o apego fetichista a crenças que já completaram 100 anos de fracasso e a resistência em aceitar qualquer abordagem diferente nessa conversa. Nada de revolucionário, ou jamais ouvido antes - apenas diferente. Já iria ajudar bastante.

Pouco se fala, por exemplo, no papel do Estado como concentrador de renda no Brasil - algo curioso, sem dúvida, quando se leva em conta que o tesouro público, em todos os seus níveis, engole na forma de impostos cerca de 40% de tudo o que é produzido no país. Na verdade, é justamente aí, nos impostos, que começa a responsabilidade direta do Estado brasileiro na concentração da renda nacional. Num mundo ideal, como diria qualquer estudante de contabilidade (e boa parte do cérebros econômicos encontrados no governo e ao seu redor), é assim mesmo

que se faz: o Estado tem de arrecadar muito para, em seguida, distribuir esse dinheiro aos mais necessitados. Estaria, como se diz, "tirando dos ricos para dar aos pobres"; estaria fazendo a redistribuição da renda e evitando a sua concentração. No mundo das realidades, porém, ou certamente no mundo das realidades brasileiras, a coisa não é assim. O governo, aqui, pode ser bom para tirar dos ricos, mas é péssimo para dar aos pobres; é um craque para arrecadar, mas um cabeça de bagre para distribuir. O motivo é que o dinheiro dos impostos, basicamente, serve para sustentar o próprio governo, pagar juros, saldar os salários do funcionalismo público (onde, por sinal, há as mais agressivas modalidades de concentração de rendimento no contracheque dos que ganham mais), manter no ar o Aerolula, financiar a gráfica do Senado, cobrir o sobrepreço das obras públicas, liquidar as faturas dos cartões de crédito dos burocratões mais pesados, e por aí vai, até quase ao infinito. E senadores e deputados, então, com a barbaridade que custam ao erário? Cada um deles é um retrato ambulante da concentração de renda neste país.

O governo brasileiro concentra renda não apenas pelas opções que faz na hora de gastar o dinheiro público; já começa na hora em que cobra os impostos. O sistema fiscal demente em vigor no Brasil atual faz com que justamente os mais pobres fiquem com o custo mais pesado - um terço de sua renda, segundo cálculos do próprio governo, é demolido no pagamento de impostos. Qual a surpresa, quando a luz elétrica, por exemplo, recebe o tratamento fiscal de produto de luxo? Além dos impostos em si, enfia-se na conta nada menos que dez encargos diferentes, o que leva a soma paga ao governo pelo consumidor a mais de 45% do valor da fatura mensal; é óbvio que o peso disso é muito maior para quem tem menos dinheiro. Os combustíveis são uma história de horror do mesmo porte, com o mesmo efeito no bolso dos mais pobres - e, no geral, é esse o quadro que se repete em todo o universo dos impostos sobre o consumo. Cortar despesas para permitir impostos menores - e até para sobrar nos cofres públicos mais dinheiro destinado aos pobres - seria uma das decisões mais eficazes e mais rápidas para desconcentrar a renda; é tirar do governo para dar a quem mais precisa. Mas quem está interessado nisso?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

FRASE PARA SEMPRE...

FRASE  PARA  SEMPRE...
Curta e sábia!
Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.
Ele disse: - Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós.
Um é Mau - É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego.
O outro é Bom - É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: - Qual lobo vence?
O velho índio respondeu:

 "Aquele que você alimenta! "

  

Pense nisso e viva feliz!!!!

domingo, 27 de novembro de 2011

Transição do Planeta Bezerra de Menezes

Transição do Planeta

"Meus filhos:

Que Jesus nos abençoe

A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.

Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.

Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.

As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.

Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.

Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.

As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.

Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.

O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade.

Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem‑se secundários diante das metas a alcançar.

Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...

Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.

Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.

Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.

Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.

Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra."

Mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes (espírito) transmitida por Divaldo Franco

(13.11.2010 – Los Angeles)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O cérebro humano


O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.

Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo.

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente otimizado.

Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.

É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo
automático e 'apagando' as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).

Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noçãode passagem do tempo.

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...

ROTINA

A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo:
M & M(Mude e Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou
registros com fotos.

Mude de paisagem, tire férias com a família (
sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos ou animais de estimação (eles destroem a rotina)

Sempre faça festas de aniversário e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.


Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja Diferente!

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.... em outras palavras...
V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado,não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.

E
SCREVA em TAmaNhos diFeRenTese em CorES
difErEntEs!

CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE...


V I V A !!!
Eduardo Carvalho

GRAMAS


Grama Coreana

Gramados extremamente densos e macios

Nome popular: Grama Japonesa, Grama Coreana, Grama Mascarenha e Grama Veludo.
Nome científico: Zoysia tenuifolia Trin
Origem: Ilhas Mascarenas.
Características: A Grama Coreana possui folhas estreitas e curtas, sua enraização e estolões são abundantes. Possui cor verde vivo.
Principais vantagens da Grama Coreana:
  • Excepcional beleza;
  • Maciez das folhas;
  • Crescimento pouco intenso;
  • Muito resistente ao pisoteio e a ervas daninhas.
Principais Indicações: A Grama Coreana é indicada para Jardins orientais ou aqueles de desenho delicado, que incluam forrações e arranjos de plantas ou vasos e alguns outros tipos de gramados.






Gramados


Histórico

Há séculos que as gramíneas têm estado presentes na paisagem. Muitas das espécies que hoje são utilizadas se desenvolveram em pradarias e pastagens, onde eram pisoteadas e serviam de alimento para a criação.
Isto fez com que houvesse uma seleção natural de espécies que fossem capazes de sobreviver as constantes “podas” efetuadas pelos animais. As descendentes destas gramíneas, de porte baixo, que se adaptaram a tolerar estas podas são espécies que são atualmente utilizadas em gramados (4).
Acredita-se que foi durante a idade média que as gramíneas aparadas se tornaram populares para o uso em jardins, áreas de recreação e espaços esportivos. Inicialmente, para serem mantidas baixas eram utilizados pilões para mantê-las baixas. Somente mais tarde descobriu-se que a foice poderia ser utilizada com este fim, com a vantagem de permitir uma maior uniformidade (4).
Os gramados atuais em quase nada se parecem com os seus antecessores dos tempos medievais; Atualmente são resistentes a pragas e doenças, tolerantes a salinidade, baixas e altas temperaturas e até conseguem competir com espécies daninhas (4,5).



Usos

         A partir do desenvolvimento de híbridos e variedades especiais para usos mais específicos, como por exemplo, as gramas para campos de golfe (4,5) “greens”, é cada vez mais intenso o comercio de gramas no mundo, principalmente através de sementes, ou mesmo por placas, tapetes, ou mesmo plugs.
Seja como for, para alguns, o gramado é um agradável elemento para a composição da paisagem doméstica. Ela quando vinculada, as flores, arbustos e árvores, nos dá a impressão de clareamento do ambiente, realçando as demais cores da paisagem (3).
        Outros imaginam o gramado como uma sala de visitas ao ar livre, um lugar ideal para brincadeiras, piqueniques, banhos de sol, leitura e até mesmo como um tapete macio para um cochilo à sombra de uma árvore. Além de ornamentar, é imprescindível para alguns esportes, pois diminui o brilho do sol (2). É utilizado no golfe, futebol, rúgbi, hipismo, críquete, futebol americano, tênis, entre outros.
O que mais atraem as pessoas é sua cor pacificante, e ou sua textura uniforme e, tanto que gramados mal-cuidados transmitem-nos imediatamente uma sensação de desmazelo e abandono, deve-se lembrar que o gramado não suporta trânsito concentrado em faixas limitadas (1), devendo-se utilizar nestas regiões de trafego intenso pedras, fatias de troncos de árvores; A fim de manter a homogeneidade e a beleza do gramado. Sem esquecer que ajuda a proteger a superfície do solo(2),em taludes na beira das estradas, evitando a erosão, seja ela pluvial ou eólica.



Cuidados

Felizmente, não é tão difícil manter o gramado em boas condições. Basta tomar alguns cuidados. Uma vez formado, o gramado vai necessitar uma certa manutenção para se manter bonito e saudável, esta manutenção consiste basicamente em 4 coisas: poda, fertilização, aeração e controle de ervas daninhas.
Quanto ao corte, o gramado deve ser aparado à altura certa e no momento adequado, assim o gramado torna-se muito mais resistente e ervas daninhas, pragas e doenças.A freqüência com que seu gramado deve ser aparado depende de alguns fatores principais: tipo de grama, época do ano, clima, estado nutricional e seu uso.
A razão e de cada tipo de grama tem uma característica própria de crescimento, com intensidades variáveis durante o ano. Em se demorando muito para aparar, quando isso for finalmente feito, o gramado fica com pontos falhos e aspecto de queimado. Em contrapartida, exageros também são muito prejudiciais, afetando diretamente o vigor da planta.
Mas de qualquer modo, a pratica comprova que, quanto mais se fertiliza e rega um gramado e quanto maior for a temperatura, mais rápida será seu crescimento, e conseqüentemente a freqüência da poda. Quando a grama é aparada corretamente e na altura adequada, as raízes conseguem penetrar mais profundamente o solo, com isso os gramados ficam mais bonitos e vigorosos (4).
Atualmente existe uma infinidade de modelos e marcas de aparadores de grama, o importante é que as facas estejam muito bem afiadas, pois embora a faca cega aparentemente consiga cortar a grama, ela na verdade somente mastiga os tecidos vegetais, abrindo caminhos para a ocorrência de doenças e pragas.
Um outro detalhe muito importante diz respeito à alternância dos padrões de corte do gramado, é que quando a grama é aparada numa única direção poderemos provocar a compactação do solo em determinadas áreas. Deve-se lembrar que as aparas do gramado jamais devem ser descartadas, porém quando em excesso bloqueia a entrada de luz e em épocas úmidas favorece a fermentação e o aparecimento de doenças e fungos, que é bastante indesejável ao gramado. O recomendado e remover todas as aparas principalmente na primavera e outono, já no verão e inverno elas até desde que não em grande quantidade podem servir de proteção a forte radiação solar, no verão, e a temperatura no inverno (1). O ideal é varrer as aparas com o auxilio de uma vassoura metálica, e duas ou três vezes ao ano efetuar uma varredura mais profunda com um ancinho para facilitar a aeração do solo. Rastelar e varrer são operações que protegem o gramado contra pragas e ressecamento causado por fertilizantes (1).


Quanto à fertilização deve-se pensar que em 1 m 2 de gramado existem cerca de 1000 pés de grama, se considerarmos que as gramíneas possuem raízes fasciculadas e relativamente superficiais e, ainda por cima, precisam disputar os outros nutrientes do solo com outras plantas do jardim. Certamente entende-se por que a necessidade de fertiliza-los periodicamente. Dentre todos os nutrientes existentes, apenas 17 são considerados essenciais à planta, eles são divididos em macro e micronutrientes: Geralmente na forma de cátions e ou ânions, que podem ser fornecidas ao solo por meio de adubação, sendo a mais recomendável a orgânica, pois minimiza os impactos ambientais, no Brasil a melhor época para esta adubação é o inverno dos meses de junho a agosto (3).
         Sendo que nesta estação e altamente recomendável realizar-se uma adubação de cobertura, com uma camada de cerca de 1 a 1,5 cm composta por uma mistura de 40% de terra 30% de areia e 30% de material orgânico, com um pH em torno de 6,0(1).


         Toda grama tem seus inimigos naturais, mas o que mais preocupa no gramado e o aparecimento de ervas daninhas e invasoras, como a tiririca (Cyperus sp.), o trevo (Oxalis sp.), o dente de leão (Taraxacum sp.), a braquiária (Brachiaria sp.) entre tantos outros, que se não forem controladas entraram em concorrência com a grama podendo ate mesmo levar esta à morte. Devem ser eliminadas antes do plantio do gramado, porém o vento e os pássaros trazem constantemente estas ervas daninhas ao gramado, o ideal e a erradicação mecânica através do Firmino (ver figura). Uma outra maneira eficiente de combater ervas daninhas é a utilização de soluções de 2,4 D, um fitorregulador que faz a erva daninha crescer descontroladamente e morrer sem que a grama seja afetada (1).

Espécies mais comuns (5)

Axonopus compressus , Grama missioneira, grama-tapete, grama são-carlos, grama-sempre-verde.
Nativa do sul do Brasil aprecia local úmido, é tolerante ao frio, é recomendável para formação de gramados a pleno sol ou meia-sobra. Necessita de irrigações periódicas por não ser resistente à seca. Requer solo bem preparado e fértil, com podas freqüentes para que apresente bom aspecto durante todo o ano. Multiplica-se facilmente por mudas. Há uma forma variegada de folhas com margens branco amareladas.
Paspalum notatum Flüggé, Grama-batatais, grama-forquilinha, grama-mato-grosso, grama-comum, grama-de-pasto, gramão, grama-da-bahia.
Nativa do Brasil com inflorescência, em forma de V, formada no verão. Bastante cultivada para gramados por ser resistente ao pisoteio, à seca e a solos pobres, apesar de seu aspecto grosseiro do que as demais gramas de jardim.Não resiste à sombra, mas tolera a meia-sombra.No verão tem crescimento impetuoso exigindo podas mais freqüentes. Multiplica-se por sementes, placas e mudas.
Poá pratensis, Grama-azul, grama-azul-do-kentucky.
Nativa da Eurásia e norte da áfrica, resistente ao frio, dotada de rizomas subterrâneos vigorosos e folhagem densa, ceifada periodicamente dá origem a gramados resistente ao pisoteio e fino acabamento. É a principal espécie dos paises do hemisfério norte, sendo introduzida há pouco tempo nos estados do sul do Brasil, não deverá ser cultivada nos trópicos e subtrópicos.
Stenotaphrum secundatum (Walter) Kuntze, Grama-inglesa, grama-de-jardim, grama-de-santo-agostinho.
Nativa da América Subtropical. Cultivada como gramado de notável beleza pela folhagem verde tanto delicada e pelo crescimento moderado. Não resiste à sombra e ao pisoteio, mas bastante tolerante à salinidade das regiões litorâneas de onde é nativa. Multiplica-se por mudas obtidas da ramagem já enraizada posta a vegetar em local definitivo.
Zoysia japonica Steud. Grama-esmeralda, zoísia-silvestre, grama-zoísia, zoísia.
Nativa do Japão.Cultivada como gramado de notável beleza pela folhagem verde tanto delicada e pelo crescimento moderado. É mais rústica que as outras espécies do gênero Zoysia , entretanto não resiste tanto ao pisoteio quanto à grama-batatais e é menos tolerante ao sombreamento que a grama são-carlos. Deve ser plantada em terra fértil e irrigada a intervalos. Multiplica-se por mudas obtidas por divisão de touceiras.
Zoysia tenuifolia Willd. & Thiele. Grama-coreana, grama-mascarenha, grama-veludo, grama-japonesa.
Nativa das Ilhas Mascarenhas. Utilizada para formação de gramados a pleno sol. O crescimento e, altura é muito lento, reduzindo e espaçando o número de podas. Forma um verdadeiro colchão quando não podada. Logo após a uma podada tardia tem o inconveniente de deixar exposta a ramagem inferior desprovida de folhas, com o aspecto de seca. Para evitar isso deve ser podada com certa regularidade. Não é muito resistente ao pisoteio e requer solo rico em matéria orgânica e irrigação periódica. Muito utilizada para campos de golfe. Multiplica-se por mudas obtidas por divisão de touceiras.

Grama Coreana

A grama coreana, também conhecida como grama japonesa, grama mascarenha e grama veludo, é uma gramínea pertencente à famíliaPoaceae. A grama coreana (Zoysia Tenuifolia) é muito utilizada como gramado em projetos residenciais, empresariais e, muito comumente, também é encontrada em campos de golfe localizados em regiões de clima subtropical a tropical. É um tipos de grama de crescimento lento que necessita de pouco aparo, porém é muito sensível à climas frios e necessita de adubações semestrais e irrigações regulares.

Características da Grama Coreana

A grama coreana exibe um verde de tonalidade média e possui a menor tolerância ao frio entre todas as gramas do gênero Zoysia. Ela pode alcançar de 10 a 15 cm de altura, mas cresce num ritmo bem reduzido e raramente requer aparo para manter seu comprimento ou aparência. Contudo, essa variedade de grama é muito conhecida por produzir altas quantidades de folhas secas. A grama coreana é rizomatosa, então não possuí estolões que ficam aparentes quando aparada demais, já que seus caules ficam escondidos embaixo da terra.
Raramente a grama coreana se desenvolve por si só em um gramado denso quando na natureza, e isso requer uma boa fonte de nutrientes e água, por isso é considerado um gramado pobre, por conta de sua aparência geral “in natura”. Contudo, por necessitar de mais nutrientes, garante combater com eficiência qualquer tipo de erva daninha que possa surgir. Esse tipo de grama demonstra uma tendência a desenvolver pequenas moitas que, embora seja uma característica de um gramado robusto, não é muito tolerante ao tráfego e ao pisoteio, característica muito peculiar da grama coreana.

Aplicação da Grama Coreana

Suas folhas maciças que se assemelham a finas lâminas pontiagudas fazem da grama coreana uma excelente escolha para o paisagismo e é muito utilizada em jardins orientais, ao redor de pedras e perto de lagos ornamentais. Ela cresce muito bem em torno de caminhos de pedras ou quando utilizada como cobertura ao redor de uma árvore frutífera, lugares onde um gramado totalmente uniforme não é extremamente necessário.
É também um tipo perfeito de relva para um gramado, pois necessita de pouca manutenção que constitui apenas a retirada da folhagem morta e a irrigação do gramado e por isso é muito comum encontrar a grama coreana em jardins e campos de golfe, onde o tráfego no gramado não é muito intenso.

Como Cultivar a Grama Coreana

Por ser um tipo de grama rizomatosa, a multiplicação da grama coreana se dá principalmente através da divisão dos rizomas, porém é muito comum ser encontrada à venda em forma de placas e plugs (mudas). Também pode ser cultivada a partir de sementes, mas esse é um processo longo e dispendioso. Seu método de cultivo mais comum é em placas, estas que devem ser estendidas em um solo previamente bem nivelado.
A grama coreana tem muito pouca resistência ao frio e, como é originária de regiões tropicais, deve ser cultivada a pleno sol. Também é muito exigente em relação aos nutrientes encontrados no solo e por isso deve ser feita sua fertilização semestral, que é esporádica, porém extremamente essencial.

Manutenção da Grama Coreana

A manutenção da grama coreana tem seus altos e baixos, porque enquanto necessita de menos aparo, por outro lado exige mais atenção.
Esse tipo de grama pode alcançar de 10 a 15 cm de altura, porém seu aparo deve ser feito quando atingir cerca de 2 a 4 cm. Como a grama coreana cresce em um ritmo reduzido, seu aparo é feito apenas para manter o gramado nivelado, não sendo totalmente necessário, dependendo de suas necessidades e gosto pessoal. Quando aparada demais, pode apresentar o inconveniente de deixar exposta a parte inferior do gramado, o que pode ser evitado com uma pode freqüente que irá produzir mais folhagem na parte inferior, próxima ao chão.
A grama coreana requer adubação consistente ao longo do ano, que deve ser feita semestralmente. Não cumprida a fertilização, a grama pode morrer em muito pouco tempo ou apresentar sinais de seca em solos pobres, como a produção elevada de folhagem morta e a diminuição da densidade da cobertura do gramado.

Prós e Contras da Grama Coreana

Prós

·         Quando bem cuidada, produz um gramado extremamente cheio e denso;
·         Sua tonalidade de verde médio-intenso tem alto valor estético para o paisagismo;
·         Seu crescimento é reduzido, o que diminui a necessidade de aparo;
·         Desenvolve pequenas moitas ao longo do gramado que dá uma maior sensação de grama rústica, de ambiente selvagem;
·         A grama coreana desempenha bem o papel de combate às ervas daninhas;
·         É, como várias outras espécies, um tipo de grama perene, com um ciclo de vida indefinido;

Contras

·         Produz folhagem morta em grande quantidade e que necessita ser retirada periodicamente;
·         A grama coreana demanda uma boa concentração de nutrientes no solo que devem ser repostos com o trabalho de fertilização semestral;
·         Não suporta climas frios e só se desenvolve bem a pleno sol, o que exige regas regulares;
·         Não tolera períodos de seca;
·         Pouca resistência ao pisoteio e rebrote lento;

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JARDINAGEM E PAISAGISMO


Acontece quando a gente gosta muito de alguém: às vezes nos falta a palavra exata, nenhuma frase é capaz de expressar o que sentimos. Nessas horas, em que um gesto é muito mais significativo, deixe que as flores falem por você. Presentear com flores é sempre uma demonstração de bom gosto e sensibilidade. Principalmente se você oferece um vaso formado com suas próprias mãos. E é fascinante escolher o tipo de planta que melhor combina com a pessoa que você vai presentear. Exemplo de algumas.
 
Nome vulgar
Nome científico
Lírio
Lilium longiflorum
Lírio tigrado
Lilium híbrido
Calceolária
Calceolaria crenatiflora
Prímula
Primula
Begônia tuberosa
Begonia tuberhybrida
Begônia sempre florida
Begonia semperflorens
Begônia rieger
Begônia rieger
Rabo de gato
Acalypha hispida
Cacho de estrelas
Pentas lanceolata
Prímula do cabo
Streptocarpus
Clívia
Clivia miniata
Crisântemo
Crysanthemum morifolium
Gloxínia
Sinningia apeciosa
Cinerária
Senecio
Ciclame
Cyclamen persicum
Hibisco chinês
Hibiscus rosa sisensis

Até para decorar sua casa, mesmo que não disponha de amplas janelas e a luminosidade não seja a ideal, você pode viver cercado de verde e beleza. E, por favor, nem pense naquelas abomináveis plantas de plástico. Existe um número grande de plantas que se contentam com um mínimo de claridade para sobreviver. E, mais do que isso, não exigem muitos cuidados, permanecendo anos e anos sempre bonitas e saudáveis. São folhagens maravilhosas, de todos os tipos, tamanhos e formatos onde citaremos abaixo:

Nome vulgar
Nome científico
Espatifilo
Spathiphyllum
Casca de melancia
Maranta leuconeura
Dracena listrada
Dracaena deremensis
Cordiline verde
Cordyline terminalis
Esmeralda crespa
Peperomia caperata
Pitosporo anão
Pittosporum tobira
Clorofito
Chlorophytum comosum
Babosa
Aloe arborescens
Lança de são jorge
Sanseviera cylinfrica
Folha de violino
Philodendron panduraeforme
Fátsia japonesa
Fatsia japonica
Comigo ninguém poda
Dieffenbachia picta
Sonho de beberrão
Hatiora salicornioides
Bolsa de pastor
Rhoeo spathacea
Anturio
Anturium

ESTRANHAS BELEZAS

• reino vegetal caracteriza-se por suas empolgantes belezas e seus profundos mistérios. Não existem, é verdade, aquelas ferozes plantas carnívoras;mas muitas espécies se aproximam muito disso: devoram insetos que caem em suas malhas.Outras, como a espatélia, produzem um estranho perfume, que lembra o cheiro da carne em decomposição, para atrair as moscas, responsáveis pela fecundação das flores. E há aquelas de aparência estranha, às vezes bizarra, mas que dão um efeito extraordinário na decoração de sua casa.
 
Nome vulgar
Nome científico
Drósera (carnívora)
Drosera rotundifolia
Cebola trepadeira (estranha e fascinante)
Bowiea volubilis
 Dionéia (carnívora)
Dionaea muscipula
Folha de veludo (estranha)
Kalanchoe beharensis
Sensitiva (estranha)
Mimosa pudica
Pérola verde (estranha-forma de bolinha)
Senecio rowleyanus
Estapélia (suculenta c/ flor cheiro desagradável e atrai moscas)
Stapelia nobilis
Avelós(líquido leitoso e cáustico)
Euphorbia tirucalli
Planta hélice (estranha)
Crassula falcata
Trevo dourado(nervuras douradas)
Oxalis corymbosa
Aspargo zigue zague (diferente)
Aspargus retrofractus

FLORA TROPICAL

Se você pretende viver num ambiente exuberante e tropical, não deve esquecer das bromélias. Nativas do continente americano, elas são facilmente encontráveis nas matas brasileiras ou nos sertões do interior, onde são mais conhecidas pelo nome indígena ”caraguatá” ou pelas variações “craguatá” ou “gravatá”. As bromélias apresentam folhas modificadas de colorido intenso e florescem na primavera e no verão. Para que elas não percam sua graça, tente colocá-las num lugar que seja o mais parececido possível com seu habitat natural: ou seja, onde tenha muita luz, calor e umidade. Alguns exemplos :
 
Nome vulgar
Nome científico
Carolina tricolor
Neoregelia carolinae
Aechméia negra
Aechmea Black Jack
Planta urna
Aechmea chantinii
Aechméia prateada
Aechmea fasciata
Aechméia favorita
Aechmea Foster Favorite  Favorite
Abacaxi ornamental
Ananas comosus variegatus
Estrela da terra
Cryptanthus !It!
Estrela rajada
Cryptanthus zonatus
Díquia
Dykia brevifolia
Tilândsia
Tillandsia cyanea
Bibérgia
Illbergia pyramidalis
Espada flamejante
Vrisea splendens

O jardim tropical, estilo brasileiro é amplamente divulgado pelo mundo, abaixo outras plantas usadas neste tipo de paisagismo.

Nome vulgar
Nome científico
Palmeira triângulo
Dypsis decary
Flamboyant
Delonix regia
Chifre de veado
Platycerium bifurcatum
Flores de lótus
Nelumbo nucifera
Agave retorcida
Agave vilmoriniana
Agave americano
Agave angustyifolia
Mussenda
Mussaenda alícia
Dracena malaia
Pleomele
Pássaro de fogo
Heliconia bihai
Filodendro imperial
Philodendron speciosum
Pata de elefante ou nolina
Beaucarnea recurvata
Sagu de espinho
Encephalartos ferox
Samambaia de metro
Nephrolepis cordifolia
Cica
Cycas revoluta
Trepadeira sete léguas
Podranea ricasoliana
Coqueiro da Bahia
Cocos nucifera
Lírio da Paz
Spathiphyllum wallisii
 Palmeira Sabal
Sabal marítima
Palmeira Fênix
Phoenix roebelinii
Singônio
Syngonium podophyllum
Agave estrela
Agave
Momoninha
Jatropha podagrica
Piteira
Furcraea gigantea
Maria sem vergona
Impatiens walleriana
Palmeira leque
Licuala grandis
Crino
Crinun procerum
Papiro
Ciperus papirus
Ipomea
Ipomoea pupurea
Orquidea bambu
Arundina bambusifolia
Buganvile
Bougainvillea spectabilis
Renda portuguesa
Davalia fejeensis
Alpínia/bastão de príncipe
Alpinia purpurata
Helicônia pêndula
Heliconia collinsiana
Bananeira vermelha
Musa coccinea
Heliconia papagaio
Heliconia psittacorum
Ixora
Ixora coccinea
Filodendro brasil
Philodendron scandens
Dracena tricolor
Dracaena marginata Tricolor
Palmeira leque de fiji
Pritchardia pacifica
Dracena/ pau d! água
Dracaena fragrans massangeana
Singônio
Syngonium podophyllum
Anturio
Anthurium andreanum
Cróton
Codiaeum variegatum
Palmeira imperial
Roystonea oleracea
Palmeira ráfis
Rhapis excelsa
Palmeira areca bambu
Dypsis lutescens
Palmeira cica
Icas circinalis
Cica de porte menor
Cicas revoluta
Guaimbé
Philodendron bipinnatifidum
Pândano
Pandanus veitchi
Açucena gigante
Crinun x powelli !Roseum!
Dracaena Cordiline
Cordyline terminalis
Espada de São  Jorge
Sansevieria trifasciata
Cebolinha
Bulbine frutescens
Acalifa rabo de gato
Acalypha reptans
Manacá de cheiro
Brunfelsia uniflora
Camarão amarelo
Patchystachys lutea
Hibiscus
Hibiscus rosa-sinensis
Tumbergia azul
Thunbergia erecta
Triális/resedá amarelo
Galphimia brasiliensis
Costela de adão
Monstera deliciosa
Bananeira leque/árvore do viajante
Ravenala madagascariensis
Bastão do imperador/gengibre-tocha
Etlingera elatior
Helicônia pássaro de fogo
Heliconia bihai
Cana branca
Costus spiralis
Caetê
Heliconia velloziana
Trança de cigana
Heliconia rostrata
Samambaiaçu
Dicksonia sellowiana
Alamanda
Allamanda cathartica

JARDIM SUSPENSO

Se você dispõe de pouco espaço para suas plantas, pense na possibilidade de um jardim suspenso. Mas há outras opções: basta Ter um terraço com treliça ou então um pátio protegido por vidro ou ainda um corredor bem iluminado- em todos esses casos as plantas suspensas também ficarão lindas. E o que plantar?Experiemente os gerânios pendentes, as alamandas, buganvilleas. Todas essas espécies produzem muitas flores intensamente coloridas, quando a iluminação é boa- elas ficam ótimas, por exemplo, junto a uma janela. Você precisará cuidar um pouco mais delas: por ficarem suspensas, elas costumam ressecar bastante.

Como cuidar de pendentes:

Qualquer planta, por mais bem cuidada que seja, um dia começa a apresentar queda de folhas. Para manter as plantas sempre viçosas e com ramos densos e uniformes, uma boa solução é podar os ramos que crescem junto à borda do vaso. Mesmo que isso lhe pareça drástico, saiba que é um excelente remédio para que a folhagem revigore, tornando-se novamente cheia e espessa.
Se preferir uma medida menos radical, faça a poda por etapas. Comece retirando 1/3 dos ramos. Quando as folhas novas brotarem, pode mais 1/3, e assim por diante, até que a planta esteja totalmente recuperada. Quando a folhagem ficar rala no topo do vaso, uma solução é podar a ponta dos ramos mais compridos e enterrá-los novamente no vaso, no meio dos galhos já enraizados. Os caules pelados ficarão encobertos e o aspecto geral da folhagem melhorará. Também as trepadeiras que crescem apoiadas em tutores costumam apresentar problema de queda de folhas, principalmente na base, próximo ao solo.Nesse caso, você pode deixar a planta crescer até uns 20 a 30cm acima do tutor e depois orientá-la em direção à terra do vaso, amarrando-a no tutor. Isso não só recobrirá os ramos desnudos como acelerará o crescimento da planta. Para que a poda seja realmente eficaz, revigorando a aparência geral da folhagem, é importante que você leve em consideração as novas exigências da planta.

LUZ : quando podada, a trepadeira necessita de uma quantidade de luz ligeiramente maior, para desenvolver-se com mais rapidez. Isto ocorre porque as folhas restantes – em menor número – terão de captar a energia suficiente para o crescimento da planta.

ADUBAÇÃO: na época da poda, procure adubar com mais frequencia sua trepadeira. Depois que o crescimento tiver voltado ao ritmo normal, volte também a quantidade habitual de adubo.
ÁGUA: ao contrário do que ocorre com a quantidade de luz e adubo, a planta podada necessita de menos água. Mantenha-a ligeiramente úmida, mas evite as regas em excesso.

AS QUATRO ESTAÇÕES

PRIMAVERA

Grama
A estação é caracterizada pelo aumento de temperatura e também pelo início das chuvas, esse fato favorece o aparecimento de doenças fúngicas no gramado: ferrugem, podridão de raízes, mancha cinzenta da folha, queima, etc. para combate-las faça pulverizações com calda bordaleza, deixando um espaço de uma semana entre uma e outra aplicação; 08 g de uréia, diluída em água e aplicada com regador, em cada m2 de grama, vai deixá-la com um bom visual.
Nesta época proliferam ervas que concorrem com as gramas ornamentais: trevo, picão-preto, serralha, dente de leão e até tiririca, todas devem ser erradicadas arrancando-se uma a uma, com a raiz, utilizando uma ferramenta própria chamada firmino. O corte da grama pode ser mais baixo: 02cm de altura.

Árvores e arbustos
Estão em franco desenvolvimento, por isso os meses de outubro, novembro e dezembro são favoráveis á fertilização mediante adubos foliares, especialmente aqueles cuja fórmula é enriquecida com micronutrientes.

Floríferas
As flores murchas devem ser eliminadas, para estimular o aparecimento das novas.Nessa época podem ser semeadas: begônias,portulacas e zínias e reproduzidas por estacas: camarões-vermelhos, alamandas, cinerárias, dracenas, brincos de princesa e camélias.

Doenças fúngicas
Antracnose, ferrugem, míldio, requeima e outras que atacam antúrios, gerânios, prímulas e hortênsias podem ser combatidas com sulfato de cobre.

VERÃO

Grama
Nunca apare a grama quando estiver molhada e cuide para que as facas do cortador manual, elétrico ou à gasolina) estejam afiadas, caso contrário as folhas serão mastigadas facilitando a ocorrência de doenças. Repita a adubação com uréia.

Trepadeiras
Devem ser, quando escandentes ou volúveis, conduzidas com amarrilhos para subirem nas treliças e pérgolas.

Floríferas
A maria-sem-vergonha, cravinha, cóleus, tagetes e dálias são semeadas nesta estação e as espirradeiras podem ser reproduzidas por estacas. Húmus de minhoca pode ser aplicado nos canteiros junto com substrato, para melhor incorporação ao solo, afofe a terra com uma enxadinha e use 02 kg de cada por m2

Regas
Devem ser abundantes, por causa das altas temperaturas a transpiração é maior.

Pragas
Com chuva e calor as plantas estão repletas de brotos tenros e atraentes para os pulgões, que podem ser exterminados com calda de fumo, cochonilhas desaparecem usando-se água e sabão ou pulverizando-se com óleo mineral.

Plantas de interior
Nas regiões frias levar os vasos para o ar livre em local de meia sombra para as plantas se revitalizarem.

Ervas aromáticas
Estação indicada para secá-las, mas cuidado, na sombra e protegidas da umidade.

OUTONO

Grama
Com a estiagem o corte deve ser alto, 3 a 4cm; com uma camada foliar maior a umidade se conserva melhor. Uma aplicação de 30g de cloreto de potássio por m2 vai proporcionar-lhe maior resistência contra as doenças.
De 15 em 15 dias, passe um rastelo, superficialmente, para retirar folhas e raízes mortas.

Árvores
No pomar podar após a queda das folhas.

Floríferas
É epoca de semear prímulas, anêmonas, alisso e amores perfeitos. A estação também é propícia para reproduzir jasmins-do-cabo, cóleus e gerânios por estacas, e multiplicar por divisão de touceiras agapantos, gérberas, hemerocalis, clorofitos e violetas-de-cheiro.

Doenças e pragas
Nessa época podem aparecer aranhas imperceptíveis a olho nu, são ácaros que se instalam na parte inferior das folhas, enrolando suas bordas e deixando-as com o aspecto vítreo, até amarelarem e caírem.Uma pulverização com produtos a base de enxofre é a solução, pois eles têm ação antiparasitária e também combatem, o oídio que afeta: azaléias, resedás e calanchôes, deixando suas folhas acinzentadas antes de caírem prematuramente e os cancros que ferem os troncos das roseiras, gardênias e outros arbustos.

INVERNO
Grama
Espere o mês de agosto para colocar a camada de cobertura, que deve Ter 40% de terra vegetal, 30% de areia, 30% de substrato e também 01 kg de húmus de minhoca, 200g de torta de mamona e 100g de farinha de ossos por m2.Aproveite para fazer uma aeração no gramado.

Árvores e arbustos
Galhos e folhas secas fornecem ótima matéria orgânica, use esses detritos como cobertura nos canteiros.Não aplique fertilizantes respeitando os meses de dormência.
Muitas plantas hibernam por completo, especialmente as caducifólias, portanto ramos inúteis e mal formados devem ser suprimidos através de podas, utilizando tesouras e serrotes apropriados.

Floriferas
No mês de agosto podem ser multiplicados por estacas as hortênsias, sete léguas, bicos de papagaio, gerânios, dracenas, hibiscos, jasmim-amarelo e muitas outras.


(*) Técnica em agropecuária - paisagista
Noemia Pinheiro de Almeida (*)

_ 1. Engenheira Agrônoma, Mestre em Floricultura e Paisagismo, Doutoranda em Fitotecnia DAG/UFLA. 2. Professora Adjunta, Floricultura e Paisagismo, Departamento de Agricultura/UFLA. 3. Engenheiro Agrônomo, Mestre em Fitotecnia 4. Professor Adjunto, Fisiologia Vegetal, Departamento Biologia/UFLA.

Fernanda Cristiane Simões1

Patrícia Duarte de Oliveira Paiva2

Guilherme José Oliveira Neri3 Renato Paiva4

1 INTRODUÇÃO

A horticultura é a parte da Agricultura dedicada à ciência (ou arte) de cultivar o hortus, expressão latina que significa jardim. A formação da palavra Horticultura reflete sua origem. O horto – ou jardim – era o espaço de terreno fechado junto à residência destinado ao cultivo de frutas, legumes, temperos, ervas medicinais e também de flores.

Assim, antes de chegar a sua função, o jardim teve primeiro uma utilidade prática.

Com o avanço do conhecimento e o interesse em aumentar a produtividade dos cultivos, o antigo horto foi dividido em três áreas específicas, surgindo o pomar, a horta e o jardim propriamente dito.

Assim sendo, nesse jardim cada planta tem um valor estético a ser destacado. O caráter ornamental pode estar nas flores, como nas rosas, na disposição matemática das folhas, como na echeveria no caule escultural do umbu ou até mesmo no perfume agradável das inflorescências do capimlimão nos campos de pastagem.

A característica mais importante para que uma planta cumpra a sua função ornamental é seu aspecto saudável, atestando estar bem nutrida e hidratada, sem doenças ou pragas.

Este boletim vem, então, suprir a necessidade de informações básicas sobre a jardinagem caseira ou profissional, para se obter um jardim saudável e bem cuidado.

2 O SOLO

É a parte superficial da crosta terrestre e tem sua origem na decomposição de rochas e minerais. Em relação às plantas, tem como função primordial fornecer nutrientes e servir de suporte às raízes.

2.1 Textura

Diz respeito à distribuição das partículas que formam um solo (areia, silte e argila). De acordo com os percentuais de cada uma delas, tem-se:

• Solo de textura arenosa: menos de 15% de argila,

• Solo de textura média: de 15 a 35% de argila,

• Solo de textura argilosa: mais de 35% de argila.

Como determinar a textura do solo: - Solo argiloso: liso e pegajoso. O solo argiloso é formado de partículas minúsculas que absorvem umidade, tornando-o pesado e pegajoso. Embora difíceis de serem trabalhados, costumam ser bastante férteis.

- Solo arenoso: seco e solto. O solo arenoso seca rapidamente e não retém bem os nutrientes. Precisa de maior manutenção do que o argiloso, mas, inicialmente, é mais fácil de ser trabalhado.

2.2 Nutrientes

São os elementos de que as plantas necessitam nos seus processos vitais. São divididos em macronutrientes e micronutrientes.

2.2.1 Macronutrientes

São aqueles requeridos em grandes quantidades: C- carbono, H- hidrogênio, O-oxigênio; N-nitrogênio; P-fósforo; K-potássio; Ca-cálcio; Mg-magnésio e S-enxofre.

2.2.2 Micronutrientes

São aqueles requeridos em pequenas quantidades: Cl-cloro; Fe-ferro; Cu-cobre; Zn-zinco; Mn-manganês; B-boro; Mo-molibdênio e Co-cobalto.

2.3 pH do solo

Está relacionado com o índice de acidez, variando segundo a escala abaixo:
pH ácido
pH neutro pH básico

Cada espécie vegetal tem uma faixa de pH do solo na qual seu desenvolvimento é ótimo. De maneira geral, pode-se dizer que a maioria das plantas prefere solos com pH na faixa de 4,0 a 7,5.

2.4 Calagem

É uma prática de manejo da fertilidade do solo que consiste na aplicação de calcário, com o objetivo de eliminar ou minimizar os efeitos prejudiciais da acidez e fornecer cálcio e magnésio para as plantas.

Tipos calcário: - Calcíticos: possuem cálcio,

- Magnesianos: possuem magnésio,

- Dolomíticos: possuem cálcio e magnésio. Época de calagem: A calagem deve ser feita de 60 a 90 dias antes do plantio. Esse período é necessário para que a acidez do solo seja corrigida, deixando o solo adequado para o desenvolvimento das plantas.

A dosagem a ser aplicada depende do tipo de solo e da análise química do mesmo, feitas em laboratório.

Aplicação de calcário: dependendo da área, pode-se fazer a aplicação do calcário manual ou mecânica. A distribuição manual é feita a lanço e deve-se procurar espalhar o mais uniformemente possível. A distribuição mecânica é feita por distribuidora centrífuga à tração mecânica.

Incorporação do calcário: o calcário deve ser incorporado a uma profundidade de 15 a 20 centímetros. A incorporação deve ser uniforme para permitir boa eficiência do calcário. A incorporação pode ser feita por gradagem ou manualmente utilizando enxadas.

2.5 Adubação

Consiste na incorporação de nutrientes ao solo com o objetivo de melhorar sua qualidade. Existem diferentes tipos de fertilizantes fornecedores de nutrientes:

a) Fertilizantes ou adubos minerais simples: podem ser classificados em :

Nitrogenados: contêm nitrogênio(N), que atua no crescimento das plantas. Ex.: sulfato de amônio, uréia, salitre do Chile e nitratos em geral.

Fosfatados: contêm fósforo(P), que atua no crescimento das raízes, crescimento das plantas, floração e frutificação. Ex.: superfosfato simples e superfosfato triplo.

Potássicos: contêm potássio(K), que atua na produção de flores, bem como na resistência da planta ao aparecimento de doenças. Ex.: cloreto de potássio, sulfato de potássio.

b) Fertilizantes ou adubos mistos: são aqueles resultantes da mistura de dois ou mais fertilizantes simples (nitrogenado, fosfatado e potássio). São representados pela letra símbolo de cada elemento, sendo o mais comum o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), nas formulações percentuais: 4-14-8; 20-5-20 e 10-10-10.

Obs.: Existem no mercado alguns fertilizantes comercializados na forma líquida. c) Fertilizantes ou adubos orgânicos: podem ser de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes. Ex.: farinha de ossos, farinha de sangue, tortas vegetais (soja, algodão, mamona, girassol ou amendoim), esterco de bovino, esterco de galinha e húmus de minhoca. d) Composto orgânico: é formado pela decomposição de material vegetal como mato, palhas, folhas, restos de roça, restos de gramado, restos de cozinha, estercos diversos e até mesmo cinza.

• Preparo do composto orgânico

1. Amontoar o material vegetal em pilhas de seção trapezoidal, intercalando uma camada de restos vegetais com uma fina camada de material inoculante (esterco), tendo-se o cuidado de molhar cada camada. A pilha deve apresentar cerca de 3,0 m largura na base inferior, 1,5 m de altura e comprimento variável, de acordo com a disponibilidade de material. 2. Manter o material sempre úmido, molhando-o pelo menos uma vez por semana. 3. A cada 15-20 dias, picar e revolver o material formando uma nova pilha.

4. Aos noventa dias aproximadamente, o material estará curtido e transformado em matéria orgânica. O produto final deve ter a cor escura, ser rico em húmus, moldável quando apertado entre as mãos, cheiro de terra e temperatura baixa no interior do monte.

3 PREPARO DO SOLO

3.1 Limpeza

Realizar a capina, tomando-se o cuidado de eliminar radicalmente as espécies invasoras, principalmente a tiririca, tomando-se o cuidado de não cortar apenas, mas também eliminar as raízes. Retirar restos de construção, entulhos, pedras, etc.

3.2 Formigas

Verificar a existência de formigueiros na área a ser ajardinada. Se forem encontrados, devem ser extintos. O uso de produtos químicos deve ser realizado por um profissional especializado.

3.3 Escarificação

Consiste em revolver o solo em toda a sua superfície, a uma profundidade de 20-30 cm, com o cuidado de desfazer bem os torrões e deixar o solo bem solto.

3.4 Nivelamento

O nível da superfície do terreno deve ser acertado e corrigido de acordo com os níveis das construções e caminhos existentes ou projetados. Considerar a necessidade de escoamento das águas de chuva, evitando, assim, a formação de poças ou mesmo o alagamento de algumas áreas do terreno.

3.5 Canteiros/Covas

No preparo do solo para plantio, pode-se fazer covas, canteiros ou sulcos, dependendo da espécie e da finalidade.

Para o plantio de árvores e palmeiras, recomenda-se abertura de covas de dimensões 60x60x60 cm, ao passo que para o plantio de arbustos, arbustivas e trepadeiras, as covas deverão ter dimensões 40x40x40 cm. Para o plantio de forrações e espécies herbáceas, geralmente se faz o preparo de canteiros e, nesses, então, são abertas pequenas covas com auxílio de sacho ou pazinha de jardim.

Para a formação de cercas-vivas, recomenda-se a abertura de sulcos, pois o espaçamento de plantio é bastante reduzido.

À terra retirada das covas deve-se misturar o calcário, esterco e adubo (superfosfato simples). Essa mistura deve ser recolocada na cova ou sulco e deixar por 10 a 15 dias. Só então proceder ao plantio.

4 ADUBAÇÃO

4.1 Recomendação de adubação para plantio de covas e canteiros a) Plantas ornamentais arbóreas e arbustivas a.1) Covas nas dimensões de 60x60x60 cm:

- Calcário: de acordo com a análise do solo.

- Matéria orgânica: composto ou esterco de curral: 20 litros/cova; esterco de galinha: 5 litros/cova

- Adubação fosfatada: 1500 g/cova de fosfato natural ou farinha de ossos.

- Adubação mineral: após o pegamento das mudas, aplicar 200 g/cova da mistura NPK (4-14-8+Zn). a.2) Covas nas dimensões de 40x40x40 cm: - Calcário: de acordo com a análise do solo.

- Matéria orgânica: composto ou esterco de curral: 12 litros/cova; esterco de galinha: 3 litros/cova

- Adubação fosfatada: 900 g/cova de fosfato natural ou farinha de ossos.

- Adubação mineral: após o pegamento das mudas, aplicar 120 g/cova da mistura NPK (4-14-8+Zn).

b) Canteiros ornamentais - Calcário: de acordo com a análise do solo.

- Matéria orgânica: composto ou esterco de curral 200 g/m2, esterco de galinha 60 g/m2 .

- Adubação fosfatada: superfosfato simples: 50 g/m2 - Adubação mineral: mistura NPK (4-14-8+Zn): 50 g/m2 Durante o período chuvoso, aplicar 10 g de uréia dissolvidas em 20 litros de água, por m2 de canteiro.

4.2 Adubação de reposição (manutenção)

Recomendações:

Árvores e arbustos bem desenvolvidos: 300 g/planta de uma mistura NPK (10:10:10, 4;14:8, etc.) na época das chuvas. Aplicar o adubo em toda a área de projeção da copa, se possível, incorporado e irrigando.

Gramados: 50 g/m2 da mesma mistura anterior (NPK), por duas vezes, durante a primavera/verão.

Canteiro de flores: 50 g/m2 de uma das formulações, por duas vezes, durante a primavera/verão. Aplicar a lanço, incorporar e irrigar.

5 PLANTIO

5.1 Árvores, arbustos e palmeiras

Para o plantio de árvores, arbustos e palmeiras, e mesmo de algumas plantas ornamentais de porte maior, proceder da seguinte maneira:

• Na cova já preparada, abrir um buraco do tamanho da muda;

• Retirar a muda da embalagem (lata, balaio, saco plástico), aparando raízes quando necessário;

• Colocar a muda com o torrão na cova;

• Chegar terra em volta do torrão, socando-a para que a muda fique firme e para que haja um contato maior entre a terra do torrão e a terra da cova;

• O limite entre as raízes e o tronco da muda (colo) deve ser observado, nunca enterrando demais, nem deixando as raízes aparecerem. Não apertar o colo da muda;

• Regar bem as mudas recém-plantadas;

Obs.: no plantio, formar uma espécie de bacia ao redor das mudas para facilitar as irrigações.

• Colocar um tutor (madeira ou bambu) próximo à muda e providenciar o amarrio dessa com tiras de borracha na forma de oito deitado;

• Se for possível, colocar palha ou capim seco na superfície da cova, ao redor da muda, para manter a umidade;

• Quando se fizer o plantio em épocas secas, molhar o fundo da cova antes de colocar a muda.

5.2 Plantio em canteiros

• Após o preparo correto dos canteiros, distribuir as mudas sobre suas superfícies, obedecendo ao espaçamento adequado a cada espécie;

• Abrir pequenas covas (proporcionais aos torrões);

• Retirar as embalagens das mudas e plantá-las nas covas abertas, completando com terra ao redor e fazendo a necessária pressão para que a muda fique firme;

• Tomar o cuidado de deixar o colo da planta no nível do solo;

• Regar convenientemente o canteiro recém-plantado.

5.3 Plantio em vasos e jardineiras

• Nas jardineiras, vasos de cimento ou de cerâmica, colocar uma camada de brita fina no fundo para facilitar a drenagem. O cano ou orifício de drenagem deve estar sempre desobstruído;

• Deve haver uma proporcionalidade de tamanho entre as espécies ornamentais a serem utilizadas e o vaso ou jardineira.

• O substrato, para enchimento de vasos e jardineiras, também deve ser de boa qualidade. Utilizar sempre uma mistura com boa proporção de matéria orgânica;

• No caso de jardineiras, as mudas devem ser plantadas obedecendo-se ao espaçamento adequado. No caso de vasos, abrir uma cova no meio do substrato e introduzir ali a muda.

5.4 Gramado

Um gramado uniforme, bem formado e bonito depende de um plantio correto e de manutenções freqüentes. A formação de um gramado pode se dar por placas irregulares, tapetes, mudas individuais, plugs ou sementes.

A formação de um gramado por meio de placas ou tapetes é a mais rápida em relação ao uso de mudas e sementes.

O preparo do solo é de fundamental importância, devendo constar, nas grandes áreas, de aração, gradagem, destorroamento, rastelamento e nivelamento. Em áreas pequenas, uma escarificação do solo pode ser suficiente.

O plantio de placas ou tapetes é realizado pela justaposição dessas unidades, uma a uma; em seguida, deve-se socar as mesmas e fazer um recapeamento com mistura de terra + areia ou simplesmente areia.

A irrigação deve ser abundante após o plantio e nos meses subseqüentes, até a completa formação do gramado.

6 GRUPO DE PLANTAS

Do ponto de vista paisagístico/ornamental, as plantas podem ser divididas nos seguintes grupos:

6.1 Árvore

Constitui toda espécie vegetal lenhosa de tamanho adulto, com altura superior a 4-5 metros. Geralmente não possuem bifurcações que se iniciem na base do caule.

Principais funções: • Proteger contra ventos fortes

• Proteger contra ruídos • Dar privacidade a determinado local

• Fornecer sombra

• Contribuir para aspectos estéticos da paisagem. As árvores podem ser divididas em pequeno, médio e grande porte.

Exemplos de árvores de pequeno porte

Nome comum Flamboyant-mirim

Ipê-mirim Grevilha-anã Manacá-da-serra Manacá-de-cheiro

Nome científico Caesalpinia pulcherrima

Grevilea banksii Tecoma stans Tibouchina mutabilis Brunfelsia uniflora

Exemplos de árvores de médio porte

Nome comum Nome científico Aroeira-salsa, chorão-mexicano Schinus molle

Bauínia, Unha-de-vaca Bauhinia variegata Chapéu-do-sol, sete-copas Terminalia catappa Chorão Salix babylonica Escova-de-garrafa Callistemon viminalis

Exemplos de árvores de grande porte

Nome comum Nome científico

Araucária, Pinheiro-do-Paraná Araucaria angustifolia

Castanha-do-Pará Bertholletia excelsa Eucalipto Eucaliptus spp. Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Tipuana Tipuana tipu

6.2 Palmeiras

Constitui espécie cujo tronco é um estipe (único ou múltiplo), encimado por um capitel de folhas.

Exemplos de palmeiras

Nome comum Nome científico Coco-da-baía Cocos nucifera

Gerivá Syagrus romanzoffiana Palmeira-imperial Roystonea regia Palmeira-real Roystonea oleracea Cariota Caryota mitis

Exemplos de palmeiras de sombra

Nome comum Nome científico Areca-bambu Dypsis lutescens

Areca-triandra Areca triandra Palmeira-rápis Rhapis humilis Falsa-tamareira Phoenix canariensis

6.3 Arbustos

É toda espécie vegetal lenhosa ramificada desde a base, com altura média de até 4 m de altura. Quanto à luminosidade, existem arbustos de pleno sol, meia-sombra e sombra.

Exemplos de arbustos

Nome comum Nome científico Acalifa Acalypha wilkesiana

Azaléia Rhododendron indicum Bico-de-papagaio Euphorbia pulcherrima Buxinho Buxus sempervirens Cróton Codiaeum variegatum

6.4 Trepadeira

É toda espécie vegetal de caule semilenhoso ou mesmo herbáceo que necessita de um suporte para se desenvolver. Como seu crescimento pode ser conduzido, as trepadeiras geralmente são utilizadas na formação de cercas-vivas, separação de ambientes, revestimento de muros ou paredes, formação de pérgolas, arcos e treliças.

Elas podem ser: - Volúveis: quando se enrolam em aspiral no suporte, não possuindo outro tipo de fixação; portanto, não conseguem subir em paredes ou muros por si só, necessitando de suportes adequados;

- Sarmentosas: Quando possuem órgãos de fixação, como gavinha, espinhos curvos, raízes adventícias, etc. Conseguem subir em quase todo tipo de suporte

- Cipós: Não possuem qualquer tipo de órgão de fixação e nem são volúveis. Possuem caules rígidos, que conseguem subir vários metros sem apoio, até que se vergam pelo próprio peso sobre algum suporte.

- Escandentes: São plantas mais arbustivas que em locais abertos, formam arbustos. Quando plantadas junto a um suporte, seus ramos apóiamse nesse e atingem vários metros de altura.

Exemplos de trepadeiras

Nome comum Nome científico

Amor-agarradinho Antigonon leptopus

Buganvília, primavera, três-marias Bougainvillea spp. Brinco-de-princesa Fuchsia hybrida Cipó-uva Cissus rhombifolia Unha-de-gato, herinha, falsa-hera Ficus pumila

6.5 Forrações

São espécies vegetais utilizadas para promover a cobertura do solo.

As forrações são também plantas herbáceas, usadas para revestir o solo, com a diferença de que não suportam o pisoteio, como os gramados.

Exemplo de forrações

Nome comum Nome científico Amendoim-rasteiro Arachis repens

Azulzinha, evólvulos Evolvulus glomeratus Cacto-margarida Lampranthus productus Cinerária Senecio douglasii Grama-preta Ophiopogon japonicus Rabo-de-gato, acalifa-rasteira Acalypha reptans Maria-sem-vergonha, beijo-turco Impatiens walleriana

6.6 Gramados

Os gramados, em particular, representam quase sempre de 60 a 80% da área ajardinada. As espécies de grama, em geral, necessitam de sol pleno ou meia-luz para se desenvolverem bem.

Exemplos de gramados

Nome comum Nome científico

Grama-batatais Paspalum notatum

Grama-coreana Zoysia tenuifolia Grama-esmeralda Zoysia japonica Grama-santo-agostinho Stenotaphrum secundatum Grama-são-carlos Axonopus compressus

6.7 Floríferas

São espécies vegetais cuja característica dominante é a emissão de flores vistosas, colorindo o ambiente criado pela vegetação básica. Podem ser anuais, bianuais ou, em alguns casos, perenes.

Exemplos de floríferas

Nome comum Nome científico

Amor-perfeito Viola tricolor

Calanchoe Kalanchoë blossfeldiana Lírio-beladona Amaryllis belladonna Margarida Chrysanthemum leucanthemum Hemerocalis, lírio-de-são-josé Hemerocallis flava

6.8 Folhagens

São espécies herbáceas, às vezes subarbustivas ou mesmo arbustivas, formando conjuntos específicos em jardins. A característica dominante nesse caso são as folhas, com seus formatos, cores e texturas.

Exemplos de Folhagens

Nome comum Nome científico Calatéia-prateada Calathea aegyraea

Filodendro Philodendron renauxii Incenso, planta-vela Plectranthus coleoides Jibóia Scindapsus aureus Maranta-cascavel Calathea insignis

6.9 Plantas entoucerantes

São espécies que, por causa do seu crescimento vigoroso, formam touceiras que poderão, posteriormente, em uma fase de propagação, ser divididas e formar novas touceiras.

Exemplos de plantas entoucerantes

Nome comum Nome científico

Bambu-de-jardim, bambuzinho Bambusa gracilis

Estrelítzia, flor-ave-do-paraíso Strelitzia reginae Helicônia-papagaio Heliconia psittacorum Moréia-bicolor Dietes bicolor Papiro-do-egito Cyperus papyrus

6.10 Plantas aquáticas

Exemplos de plantas aquáticas

Nome comum Nome científico Aguapé, papuda Eichhornia crassipes

Lótus, lótus-da-índia Nelumbo nucifera Ninféia-azul, lírio-d’água Nymphaea caerulea Vitória-régia Victoria amazonica Taboa Typha domingensis

6.1 Plantas tóxicas

Exemplos de plantas tóxicas

Nome comum Nome científico Parte tóxica Alamanda Allamanda cathartica Flor e folha

Batata-do-inferno Jathrofa podagrica Toda planta Bico-de-papagaio Euphorbia pulcherrima Látex Buxinho Buxus sempervirens Folha Comigo-ninguém-pode Dieffenbachia amoena Folha e caule Coroa-de-cristo Euphorbia milii Látex Cróton Codieaeum variegatum Semente Espirradeira Nerium oleander Toda a planta Trombeteira Brugmansia arborea Semente

7 PROPAGAÇÃO DE PLANTAS

7.1 Multiplicação por sementes

O uso de sementes é o principal método para propagação das plantas anuais e bienais. As sementes são colocadas em substrato próprio, enterradas em uma profundidade correspondente a duas vezes o seu tamanho e então irrigadas utilizando jato leve através de crivo fino. A germinação ocorre melhor em temperaturas entre 20-24 0C.

Exemplos de algumas plantas multiplicadas por sementes:

Nome comum Nome científico Boca-de-leão Antirrhinum majus

Ardísia Ardisia crenata Margaridinha Bellis perennis Sapatinho-de-vênus Calceolaria herbeohybrida

Crista-de-galo Celosia cristata Cuféia, Érica Cuphea gracilis Ciclâme Cyclamem persicum

7.2 Multiplicação por estacas (estaquia)

A multiplicação por estacas, é aquela na qual se utiliza uma porção do ramo com uma ou mais folhas ou, diretamente, por meio de uma folha. Esse é um dos sistemas de propagação mais utilizados, pois as plantas obtidas por esse método são idênticas à planta-mãe. Conforme a parte da planta utilizada, pode-se diferenciar as estacas em lenhosas, semilenhosas, foliares e herbáceas.

Exemplos de algumas espécies multiplicadas por estacas:

Nome comum Nome científico

Antúrio Anthurium andraeanum

Primavera, três-marias Bougainvillea spectabilis

Pingo-de-ouro Duranta repens var. aurea

Hera Hedera helix

Calancoê Kalanchoë blassfeldiana

Azaléia Rhododendro x simsii

Violeta-africana Saintpaulia ionantha

Cinerária Senecio douglasii

7.3 Multiplicação por alporquia

Alporquia é um processo de multiplicação de plantas que consiste em induzir um ramo a emitir raízes, quando ainda ligado à planta. Para isso, são feitos alporques, onde são colocados substratos acondicionados para indução de formação de raízes nessa área. No local da alporquia, deve ser retirada a casca, de maneira que fique um anel em torno do ramo. Para o enraizamento, usa-se o esfagno bem úmido, que é aplicado em torno do anel.

Exemplos de plantas que são multiplicadas por meio de alporquia:

Nome comum Nome científico Congéia Congea tomentosa

Dracena-malaia Pleomele reflexa Estrela-do-norte Randia formosa Trepadeira-jade Jasmim-estrela

Strongylodon macrobotrys Trachelospermum jasminoides

7.4 Multiplicação por mergulhia

A mergulhia é uma variação da alporquia. Encurva-se o ramo até o substrato onde deverá enraizar.

Exemplos de algumas espécies multiplicadas por mergulhia:

Nome comum Nome científico

Amor-agarradinho Antiogonon leptopus

Esponja Calliandra brevipes Camélia Camelia japonica Madagascar Quisqualis indica

7.5 Multiplicação por enxertia

Trata-se de um método de multiplicação que utiliza dois exemplares diferentes para formação da muda; o primeiro, que chama-se cavalo ou porta-enxerto, forma a parte radicular; o segundo, que é cavaleiro ou enxerto propriamente dito, originará a parte aérea.

Exemplos de algumas plantas multiplicadas por enxertia:

Nome comum Nome científico

Roseira Rosa x grandiflora

Roseira-trepadeira Rosa x wichuraiana Frésia Freesia x hybrida

7.6 Divisão de touceiras

A multiplicação pela divisão de touceiras é feita fragmentando-se um único indivíduo para obter outros exemplares com as mesmas características, retirando-se as mudas.

Exemplos de algumas plantas multiplicadas por divisão de touceiras:

Nome comum Nome científico

Bambu-de-jardim Bambusa gracilis

Moréia-bicolor Dietes bicolor Bola-de-neve-mexicana Echeveria elegans Grama-azul Helicônia

Festuca glauca Heliconia angusta

7.7 Multiplicação por bulbos

As plantas providas de bulbos multiplicam-se por meio desse material e de bulbilhos que são formados lateralmente ao bulbo-mãe. Esses bulbilhos são retirados e plantados novamente, transformando-se em bulbos normais, destinados ao plantio definitivo.

Exemplos de algumas plantas multiplicadas por meio de bulbos:

Nome comum Nome científico

Lírio-beladona, amarilis Amaryllis belladonna

Caládio Caladium x hortulanum Gladíolo Gladiolus grandiflorus Copo-de-leite Zantedeschia aethiopica

7.8 Multiplicação por rizomas

Rizomas são caules subterrâneos dotados de reservas, com nós, gemas e escamas. São mais ou menos cilíndricos e crescem lateralmente formando touceira. As plantas rizomatosas podem ser perenes ou passar por um período de repouso. São multiplicadas arrancando-se a touceira e separando-a por partes. As de repouso são arrancadas e divididas nessa fase.

Exemplos de plantas multiplicadas por rizomas:

Nome comum Nome científico

Gloriosa Gloriosa rothschildiana

Íris Iris germanica Lótus Nelumbo nucifera

7.9 Multiplicação por esporos

É feita em espécies como samambaias, renda-portuguesa e avenca, que apresentam em seus folíolos estruturas cor de ferrugem chamadas soros, os quais contêm esporos. Em condições adequadas, essas estruturas germinam, permitindo a reprodução dessas plantas.

7.10 Multiplicação por brotações laterais (filhotes, rebentos)

Certas espécies emitem brotações laterais, o que permite propagá-las apenas pela separação dessas brotações.

Exemplos de plantas multiplicadas por brotações laterais:

Nome comum Nome científico Margarida Crysanthemum leucanthemum

Antúrio Anthurium andraeanum Bromélia Neoregelia carolinae Agave Agave americana

8 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

Para que se possa manter um jardim sempre bonito, são necessários alguns cuidados, tanto na fase de implantação quanto na fase de manutenção. Esses cuidados incluem o uso de equipamentos/ferramentas específicos para cada atividade a ser realizada.

8.1 Equipamentos necessários:

- Enxada - Enxadão

- Pá-de-jardim

- Sacho

- Foice - Forcado

- Pá-direita

- Escarificadores

- Rastelo

- Regador

- Tesoura de poda

- Canivete

- Carrinho de mão

- Colher de transplante, etc

8.2 Manutenção de equipamentos

• Após o uso, lavar os equipamentos e ferramentas apenas com água, secando bem para não enferrujar;

• Aplicar óleo de máquina nos instrumentos que necessitem de lubrificação;

• Guardar o material em lugar adequado (seco, protegido de chuvas e sol);

• Ferramentas menores deverão ser guardadas em caixa.

9 MANUTENÇÃO DE JARDINS

A manutenção consiste em todos os cuidados que devem ser dispensados às plantas e ao jardim como um todo, após a sua execução.

9.1 Tutoramento

De maneira geral, as plantas novas devem receber um apoio pequeno, que pode ser substituído por outros maiores, à medida que vão crescendo.

Existem várias maneiras de sustentar as plantas em um jardim, desde uma simples vareta de bambu até sofisticadas malhas feitas com treliças de madeiras ou amarrações realizadas com materiais variados. A escolha depende de criatividade e disponibilidade de material.

9.2 Desbrota

Consiste na retirada dos brotos “ladrões” que surgem de gemas laterais existentes em mudas de árvores e arbustos e mesmo em espécies adultas, quando podadas. Tem a finalidade de conduzir com maior vitalidade à haste principal.

9.3 Podas

As podas têm várias funções. Pode-se usá-las para fins estéticos, para estimular a produção de ramos, flores, frutos e também como medida de controle fitossanitário.

As podas podem ser divididas em: de limpeza, de formação e de condução. Independentemente do tipo, estimulam a produção de ramos, flores e frutos.

• Poda de limpeza: consiste na retirada de galhos velhos, quebrados e/ou doentes.

• Poda de formação: tem o objetivo de dar à planta, ou a um conjunto de plantas, uma forma básica.

• Poda de condução: objetiva orientar a planta em determinado sentido e sobre um suporte.

Exemplos: Roseiras: devem ser podadas mais drasticamente no inverno, deixando-se apenas o tronco com os ramos do ano anterior, cada um com uma ou duas gemas. Na primavera/verão, é importante cortar as flores/cachos que já tenham murchado, pois desgastam a planta.

Azaléias: a poda compromete a floração do ano seguinte, pois elas só florescem em ramos apicais, nascidos no ano. Se a poda for necessária, deve-se fazê-la após o florescimento, antes dos novos brotos se desenvolverem.

Trepadeiras: as podas podem ser feitas para conduzir ramos na direção desejada, transformar algumas espécies em arbustos (roseiras por exemplo), induzir o florescimento e, mesmo, diminuir o porte/volume.

9.4 Capinas/ Combate a ervas daninhas

Tem como objetivo eliminar as espécies invasoras dos canteiros ou mesmo do gramado. Podem ser feitas manualmente ou com o auxílio de ferramentas como “sacho” ou com o firmino (inço).

Erva-daninha é aquela plantinha que cresce onde normalmente não se deseja tê-la. São elas que sempre competem pela luz, água e todos os nutrientes que existem no solo, além de serem bastante propícias ao aparecimento de doenças e pragas.

Métodos para controle

1. Em grupos de plantas cultivadas muito próximas, o melhor controle das ervas-daninhas é arrancá-las manualmente. 2. Ervas-daninhas anuais devem ser retiradas com auxílio de uma pá, eliminando-as. 3. Em grandes áreas, as ervas-daninhas podem ser eliminadas mediante uso de cultivadores de tração animal. 4. Outro método de controle de ervas-daninhas é o uso de herbicidas; porém esses devem ser sempre utilizados com o auxílio de um profissional especializado.

9.5 Escarificação do solo

Consiste em desagregar e revolver o solo, soltando-o, com o objetivo de facilitar a aeração e drenagem. Pode ser feita com o sacho, ou mesmo com pequenas ferramentas de jardim, no caso de áreas pequenas.

9.6 Plantio e replantio

Consiste na introdução de novas espécies no jardim, na reposição de algumas que, por ventura, morreram, e no replantio daquelas que entouceram muito, comprometendo forma e floração.

9.7 Irrigação

O melhor critério para a irrigação é a observação. Existe uma necessidade de água diferente para cada tipo/grupo de plantas e em relação a cada estação do ano. A água deve ser fornecida sempre que o solo começar a secar.

10 COMBATE A PRAGAS E DOENÇAS

Deve-se vistoriar o jardim periodicamente, como objetivo detectar a presença de pragas e/ou doenças.

É necessário esclarecer que, quando se fala em pragas, está se referindo ao inimigo da planta de origem animal (pulgões, lagartas, cochonilhas, etc.), e em doenças, quando o inimigo da plantas é de outra origem (fungo, vírus e bactéria).

10.1 Pragas

O controle das pragas pode ser tanto preventivo quanto de ação direta, pela aplicação de defensivos agrícolas.

Outra possibilidade é o uso de defensivos alternativos, de produção caseira, quase nada tóxicos e que têm se mostrado bastante eficientes no combate das pragas.

a) Formigas: as espécies consideradas pragas em jardins e hortas são compostas pelas formigas cortadeiras: saúvas e quenquéns.

Não existe ainda uma forma eficaz de se controlar naturalmente formigas cortadeiras. As iscas tóxicas (formicidas) são as mais eficientes no mercado, fáceis de aplicar, pouco tóxicas ao homem e de preço acessível. Sua utilização deve ser feita seguindo-se criteriosamente as instruções contidas no rótulo. Deve-se, ainda, respeitar a indicação de iscas para jardinagem amadora e para a agricultura. Esta última não pode ser utilizada na área urbana.

b) Lesmas e Caracóis: normalmente atacam à noite, furando e devorando folhas, caules e botões florais, mas também podem atingir as raízes subterrâneas.

Dicas: besouros e passarinhos são seus predadores naturais. Uma boa forma de eliminá-los é usar armadilhas feitas com “isca de cerveja” para atraí-los. Como fazer: tirar a tampa de uma lata de azeite e enterrá-la deixando a abertura no nível do solo. Colocar dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caracóis caem na lata atraídos pela cerveja e morrem desidratados pelo sal.

c) Ácaros: parecem pequenas aranhas vermelhas, sendo de tamanho microscópico. O sinal de que a planta está sendo atacada é o aparecimento de minúsculas teias prateadas na parte de baixo das folhas. Todas elas podem matar suas plantas, mas antes deixam as folhas manchadas e enroladas.

d) Pulgões: podem ser pretos, marrons, cinzas e até verdes. Alojamse nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e até transmitir doenças perigosas. Os pulgões costumam atacar, principalmente, as plantas de hastes e folhas macias. Precisam ser controlados logo que aparecem, pois multiplicam-se com grande rapidez.

Dicas: as joaninhas são seus predadores naturais. Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas. Essa operação pode ser feita semanalmente. Recomenda-se também a aplicação de calda de fumo ou macerado de urtiga.

e) Cochonilhas: são insetos minúsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-se principalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Além de sugar a seiva da planta, as cochonilhas liberam uma substância pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial, o fungo fuliginoso.

Dicas: as joaninhas também são seus predadores naturais, além de certos tipos de vespas. A calda de fumo e a emulsão de óleo são métodos naturais bastante eficientes para combatê-las. Deve-se evitar o uso de controle químico, mas, quando necessário, nos casos extremos, normalmente são usados óleo mineral e inseticida organofosforado.

f) Moscas-brancas: são insetos de coloração branca. Não é difícil notar a sua presença: ao esbarrar numa planta infestada por moscas-brancas, ocorre uma pequena revoada de minúsculos insetos brancos.

Dica: é difícil eliminá-las; por isso, muitas vezes, é preciso aplicar insetidas específicos. Quando o ataque é pequeno, o uso de plantas repelentes - como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortelã (Mentha sp.), calêndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens) - costuma dar bons resultados.

g) Lagartas: fáceis de serem reconhecidas, as lagartas costumam enrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos, hastes e folhas novas, formando uma espécie de "teia" para proteger-se.

Dicas: caso não apresente um ataque maciço (quando é indicada a aplicação de um lagarticida biológico, facilmente encontrado no mercado), o controle das lagartas deve ser manual, ou seja, devem ser retiradas e destruídas uma a uma. A calda de angico ajuda a afastar as lagartas e não prejudica a planta. O uso de plantas repelentes, como a arruda, pode ajudar a mantê-las afastadas. Aves e pequenas vespas são suas “inimigas” naturais.

h) Percevejos: são mais conhecidos como “marias-fedidas”, pois exalam um odor desagradável quando se sentem ameaçados. Seu ataque costuma provocar a queda de flores, folhas e frutos, prejudicando novas brotações.

Dicas: vespas são seus predadores naturais. Devem ser removidos manualmente, um a um. Se o controle manual não for eficiente, a calda de fumo pode funcionar como um repelente natural.

i) Tatuzinhos: muito comuns nos jardins com umidade excessiva, são também conhecidos como “tatus-bolinha”, pois enrolam-se como uma bolinha quando são tocados. Vivem escondidos e alimentam-se de folhas, caules e brotos tenros, além de transmitir doenças às plantas.

Dicas: evitar a umidade excessiva em vasos e canteiros; devem ser retirados manualmente e eliminados um a um.

j) Nematóides: são “parentes” das lombrigas e atacam as plantas pelas raízes. As plantas afetadas apresentam raízes grossas e cheias de fendas. Num ataque intenso, provocam a morte do sistema radicular e, conseqüentemente, da planta.

Algumas plantas dão sinais em sua parte aérea, mostrando sintomas do ataque de nematóides: as dálias, por exemplo, podem apresentar áreas mortas, de coloração marrom, nas folhas mais velhas.

Dicas: o melhor repelente natural é o plantio de tagetes (o popular cravo-de-defunto) na área infestada. Se o controle ficar difícil, deve-se eliminar a planta infestada do jardim, para evitar a proliferação.

10.2 Doenças a) Antracnose: provoca o aparecimento de várias manchas brancas com anéis vermelho-escuros com o tempo. As manchas tornam-se amarronzadas. Das manchas, formam-se buracos e as folhas caem. O controle químico é feito com pulverizações à base de enxofre. Durante o período de crescimento, pulveriza-se semanalmente com Maneb ou zineb.

b) Cancro: os fungos penetram pelos cortes da poda, nó de articulação do enxerto ou ferimentos causados por ferramentas. Aparecem manchas marrons grandes que circulam os caules, atingindo as folhas. O controle é feito com pulverizações à base de enxofre.

c) Tombamento: aparecem quando se tem excesso de umidade e temperatura baixa. Causam o apodrecimento da haste junto ao solo. O controle deve ser preventivo com a desinfecção do solo.

d) Ferrugem: formam manchas pulverulentas nas partes inferiores das folhas que depois murcham e caem, e nos caules. As manchas podem ser alaranjadas, amarelas ou marrom-avermelhadas. O controle é feito com pulverizações de enxofre, Zineb ou Maneb.

e) Míldio pulverulento: o ataque é feito nas partes novas da planta, formando manchas marrons cobertas por um pó branco ou cinza. As folhas enrolam e secam. O controle deve ser químico, à base de enxofre.

f) Mofo cinzento: a planta apresenta nos caules, folhas, brotos e botões florais um mofo cinza amarronzado. O controle químico é feito com pulverizações de Zineb.

g) Oídio: a planta apresenta manchas claras, esbranquiçadas, aspecto pulverulento (talco), mais ou menos arredondadas nos dois lados das folhas, nos brotos e botões. As manchas tornam-se amarelo-avermelhadas e as folhas acabam secando. Controle com produtos à base de enxofre.

h) Pinta-preta: a planta apresenta as folhas todas pintadas com manchas arredondas pretas, com contorno amarelado, causando a queda das folhas. Ocorre geralmente em tempo úmido e é típica das roseiras. O controle químico é feito através de pulverizações com Dithane e Fermate.

i) Galha: a planta apresenta um tumor arredondado e áspero que aparece no caule junto ao nível do solo. O ataque é feito quando a planta sofre ferimentos. A planta perde o viço e morre. O controle químico é feito com aplicações de estreptomicina em pó a cada duas semanas.

j) Viroses: existem diversos tipos. As plantas atacadas geralmente apresentam estrias amarelas nas folhas, deformações, envassouramentos, reduções do crescimento e da produção.

1 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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Campinas: FBN,