sábado, 29 de outubro de 2011

DRENAGEM URBANA


Ciência e Cultura

Print ISSN 0009-6725

Cienc. Cult. vol.55 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2003

 


DRENAGEM URBANA
Carlos E. M. Tucci

O ciclo hidrológico sofre fortes alterações nas áreas urbanas devido, principalmente, à alteração da superfície e a canalização do escoamento, aumento de poluição devido à contaminação do ar, das superfícies urbanas e do material sólido disposto pela população. Esse processo apresenta grave impacto nos países em desenvolvimento, onde a urbanização e as obras de drenagem são realizadas de forma totalmente insustentável, abandonada pelos países desenvolvidos já há trinta anos.
Neste artigo são apresentados os principais impactos de quantidade e de qualidade produzidos na drenagem, as medidas de controle atuais, as medidas sustentáveis a serem perseguidas no país e por um Plano Diretor de Drenagem Urbana, mecanismo de implementação das medidas sustentáveis na drenagem.
IMPACTOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO NA DRENAGEM A urbanização produz grande impermeabilização do solo. Esta relação pode ser obtida relacionando a área impermeável (Ai) e a densidade habitacional (Dh), AI (em %) = 0,489 Dh para Dh 120 hab/hectare e constante para valores superiores. Equação obtida com base em dados de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre (1).
A vazão máxima de uma bacia urbana aumenta com as áreas impermeáveis e com a canalização do escoamento. A vazão máxima unitária (1mm de precipitação) pode ser estimada com base na AI através de (dados de 12 bacias brasileiras), onde Qp é obtido em m3/s e A, área da bacia em km2 (2).
Pode-se observar dessas equações que o aumento da vazão máxima depende da impermeabilização do solo e da ocupação da bacia pela população (3). O aumento relativo pode ser superior a seis vezes com a relação à situação de pré-desenvolvimento. Este aumento ocorre em detrimento da redução da evapotranspiração e do escoamento subterrâneo e da redução do tempo de concentração da bacia.


O impacto sobre a qualidade da água é resultado do seguinte: (a) poluição existente no ar que se precipita junto com a água; (b) lavagem das superfícies urbanas contaminadas com diferentes componentes orgânicos e metais; (c) resíduos sólidos representados por sedimentos erodidos pelo aumento da vazão (velocidade do escoamento) e lixo urbano depositado ou transportado para a drenagem; (d) esgoto cloacal que não é coletado e escoa através da drenagem. A carga de contaminação dos três primeiros itens pode ser superior à carga resultante do esgoto cloacal sem tratamento. Deve-se considerar de 90% da carga do escoamento pluvial ocorre na fase inicial da precipitação (primeiros 25 mm). Em Curitiba, na bacia do rio Belém (42 km2) que drena o centro da cidade, com cerca de 60% de áreas impermeáveis mostrou um aumento de seis vezes na vazão média de inundação com relação às suas condições rurais (4).
DESENVOLVIMENTO URBANO O grande desenvolvimento urbano no Brasil ocorreu no final dos anos 1960 até o final dos anos 1990, quando o país passou de 55 % de população urbana para 76 % (5). Esta concentração de população ocorreu principalmente em grandes metrópoles com aumento da poluição e da freqüência das inundações em função da impermeabilização e da canalização. Nos últimos anos, o aumento da população urbana ocorre principalmente na periferia das metrópoles, ocupando áreas de mananciais e de risco de inundação e de escorregamento. Este processo descontrolado atua diretamente sobre as inundações pela falta de infra-estrutura e da capacidade que o poder público possui para cobrar a legislação.
MEDIDAS ATUAIS DE CONTROLE A política existente de desenvolvimento e controle dos impactos quantitativos na drenagem se baseia no conceito de escoar a água precipitada o mais rápido possível. Este princípio foi abandonado nos países desenvolvidos no início da década de 1970 (6). A conseqüência imediata dos projetos baseados neste conceito é o aumento das inundações a jusante devido à canalização. Na medida em que a precipitação ocorre, e a água não é infiltrada, este aumento de volume, da ordem de seis vezes (7), escoa pelos condutos. Para transportar todo esse volume, é necessário ampliar a capacidade de condutos e canais ao longo de todo o seu trajeto dentro da cidade até um local onde o seu efeito de ampliação não atinge a população. A irracionalidade dos projetos leva a custos insustentáveis, podendo chegar a ser dez vezes maior do que o custo de amortecer o pico dos hidrogramas e diminuir a vazão máxima para jusante através de uma detenção. Portanto, o paradoxo é que países ricos verificaram que os custos de canalização e condutos eram muito altos e abandonaram esse tipo de solução (início dos anos 1970), enquanto países pobres adotam sistematicamente essas medidas, perdendo duas vezes: custos muito maiores e aumento dos prejuízos. Por exemplo, no rio Tamanduateí o custo da canalização foi de US$ 50 milhões/km (com retorno das inundações), enquanto que no rio Arrudas, em Belo Horizonte, chegou a US$ 25 milhões/km (logo após sua conclusão sofreu inundações), ambos valores muito elevados.
CONTROLE MODERNO E SUSTENTÁVEL As medidas de controle podem ser classificadas de acordo com o componente da drenagem em medidas:
na fonte: que envolve o controle em nível de lote ou qualquer área primária de desenvolvimento;
na microdrenagem: medidas adotadas em nível de loteamento
na macrodrenagem: soluções de controle nos principais rios urbanos.
Essas medidas são adotadas de acordo com o estágio de desenvolvimento da área em estudo. As principais medidas sustentáveis na fonte têm sido: a detenção de lote (pequeno reservatório), que controla apenas a vazão máxima; o uso de áreas de infiltração para receber a água de áreas impermeáveis e recuperar a capacidade de infiltração da bacia; os pavimentos permeáveis. Estas duas últimas medidas minimizam também os impactos da poluição.
As medidas de micro e macrodrenagem são as detenções e retenções. As detenções são reservatórios urbanos mantidos secos com uso do espaço integrado à paisagem urbana, enquanto que as retenções são reservatórios com lâmina de água utilizados não somente para controle do pico e volume do escoamento, como também da qualidade da água. Atualmente, a maior dificuldade no projeto e implementação dos reservatórios é a quantidade de lixo transportada pela drenagem que obstrui a entrada dos reservatórios. Os volumes necessários para o amortecimento devido à urbanização (alta impermeabilização) são da ordem de 420 a 470 m3/ha (8). Considerando uma profundidade média de 1,5 m, a área necessária é da ordem de 3% da área total da bacia de drenagem urbanizada.
PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA Para implementar medidas sustentáveis na cidade é necessário desenvolver o Plano Diretor de Drenagem Urbana. O Plano se baseia em princípios onde os principais são os seguintes: (a) os novos desenvolvimentos não podem aumentar a vazão máxima de jusante; (b) o planejamento e controle dos impactos existentes devem ser elaborados considerando a bacia como um todo; (c) o horizonte de planejamento deve ser integrado ao Plano Diretor da cidade; (d) o controle dos efluentes deve ser avaliado de forma integrada com o esgotamento sanitário e os resíduos sólidos.
O Plano Diretor deve ser desenvolvido utilizando medidas não-estruturais (principalmente a legislação) para os novos desenvolvimentos (loteamentos e lotes) e medidas estruturais por sub-bacia urbana da cidade. Neste último caso, são projetadas as medidas para evitar os impactos já existentes na bacia para um horizonte de desenvolvimento econômico e para um risco de projeto. Geralmente, a combinação de detenção (ou retenção) com a ampliação da capacidade de escoamento que minimize o custo, tem sido adotada. O custo de uma detenção urbana aberta é da ordem de R$110/m3, enquanto que numa detenção fechada o custo aumenta em sete vezes. A alternativa de detenção fechada só deve ser adotada quando fisicamente não é possível o uso de uma detenção aberta. O aumento de escoamento por condutos ou canais é utilizado apenas para compatibilizar os locais de amortecimento, pois seu custo é ainda superior aos anteriores. Para áreas muito densificadas o custo médio das medidas estruturais é da ordem de R$ 1,5 – 2 milhões/km2, reduzindo para menos de R$ 1 milhão em áreas onde, em parte, é possível utilizar medidas não-estruturais.
A principal medida não-estrutural é a legislação para controle dos futuros desenvolvimentos. Essa legislação pode ser incorporada no Plano Diretor Urbano ou em decretos municipais específicos. A prefeitura de Porto Alegre introduziu no Plano Diretor Urbano e Ambiental artigo que obriga aos novos empreendedores a amortecer o aumento da vazão em função da urbanização. Foi proposto um artigo de lei para o controle na fonte (desenvolvimento dos lotes) que induz o usuário ao uso das medidas na fonte (8).
CONCLUSÕES Os prejuízos devidos às inundações na drenagem urbana nas cidades brasileiras têm aumentado exponencialmente, reduzindo a qualidade de vida e o valor das propriedades. Este processo é decorrência da urbanização e a conseqüente impermeabilização junto com a canalização do escoamento pluvial. As obras e o controle público da drenagem têm sido realizados por uma visão local e setorizada dos problemas, gerando mais impactos do que os pré-existentes e desperdiçando os parcos recursos existentes nas cidades. A defasagem técnica dos profissionais e a falta de regulamentação da transferência de impactos dentro das cidades, o limitado conhecimento dos decisores sobre o assunto são as principais causas dessas perdas. O aspecto mais sério desse problema é que os órgãos financiadores continuam defasados tecnicamente e não aceitam os investimentos sustentáveis, além de muitas escolas de engenharia civil e sanitária ainda ensinarem soluções inadequadas, com graves prejuízos para a população.
Para mudar esse processo é necessário uma nova geração de engenheiros, arquitetos e projetistas e a atualização da geração existente, para planejar o espaço de forma mais sustentável. Além disso, a legislação de controle é essencial para que os empreendedores sejam convencidos a adotar as medidas na fonte.

Carlos E. M. Tucci é pesquisador do Instituto de Pesquisas Hidrológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ( UFRGS) e ex-secretário do Fundo Setorial de Recursos Hídricos, do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), com sede em Brasília.


Referências bibliográficas
1. Campana, N.; Tucci, C.E.M. "Estimativa de área impermeável de macrobacias urbanas", Caderno de Recursos Hídricos V12 nº2 p19-94. 1994.         [ Links ]
2. Tucci, C.E.M. "Parâmetros do Hidrograma Unitário para bacias urbanas brasileiras". Artigo submetido à RBRH. 2002.         [ Links ]
3. Leopold, L.B. Hydrology for urban planning - A guide book on the hydrologic effects on urban land use. USGS circ. 554, 18p. 1968.        [ Links ]
4. Tucci, C.E.M. Estudos Hidrológicos – Hidrodinâmicos do rio Iguaçu na Região Metropolitana de Curitiba. Prosan-Suceam Curitiba 2 volumes. 1996.        [ Links ]
5. FGV. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Fundação Getúlio Vargas, Secretaria de Recursos Hídricos, MMA. 1998.        [ Links ]
6. Urbonas, B.; Stahre, P. Stormwater best management practices and detetion, Prentice Hall, Englewood Cliffs, New Jersey. 450p. 1993.        [ Links ]
7. Tucci, C.E.M. "Coeficiente de escoamento e vazão máxima de bacias urbanas". RBRH V5 nº1 p. 61-68. 2000.        [ Links ]
8. IPH. Plano Diretor de Drenagem Urbana de Porto Alegre, 1ª fase. Instituto de Pesquisas Hidráulicas. UFGRS. Departamento de Esgotos Pluviais da PMPA. 2001.        [ Links ]

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Drenagem

O PLANO DIRETOR DE MACRODRENAGEM DA BACIA DO ALTO TIETÊ

por

Aluisio Pardo Canholi

    A análise e o encaminhamento das soluções das questões de Drenagem Urbana tem sido um dos maiores desafios dos planejadores e administradores dos grandes centros urbanos do mundo.

    O grande deslocamento de populações para as regiões metropolitanas ocorrido principalmente nas duas últimas décadas, agravou sobremaneira o problema, muitas vezes já existente devido às próprias características da drenagem natural local.

    Nos países dito emergentes, este problema foi particularmente agravado pela velocidade do processo de adensamento e urbanização, e pela precariedade da infra-estrutura existente, associada à falta de planejamento urbano, além da enorme carência de recursos.

    ( vide foto )

    O gerenciamento da Drenagem Urbana é fundamentalmente um problema de alocação de espaços para a destinação das águas precipitadas.

    Todo espaço retirado pela urbanização, outrora destinado ao armazenamento natural, propiciado pelas áreas permeáveis, várzeas e mesmo nos próprios talvegues naturais, é substituído, via de regra, por novas áreas inundadas mais a jusante. Acresce-se a este problema, a prática da canalização, muitas vezes radical, dos rios e córregos, o que altera bastante o comportamento das enchentes, amplificando enormemente os picos de vazão.

    O enfrentamento desta problemática via intervenções pontuais mostrou-se insuficiente e, em muitos casos, significou o agravamento de situações já bastante críticas, motivadas pela simples transferência dos pontos alagados.

    Dentro deste cenário, surge a necessidade da planificação das ações preventivas onde possível, e corretivas nos casos onde o problema já está estabelecido, porém de maneira integrada e abrangendo toda a bacia hidrográfica.

    Esta abordagem, que em suma constitui-se no objetivo principal de um Plano Diretor de Drenagem Urbana, vem sendo adotada com sucesso em várias cidades e regiões metropolitanas, tanto no Primeiro Mundo como nas regiões ainda em processo de desenvolvimento.

    A necessidade de um Plano desta natureza para a bacia do Alto Tietê já era sentida de longa data pelos órgãos responsáveis pela drenagem urbana na RMSP e pelo próprio DAEE, que em meados do corrente ano encarregou para estes trabalhos o Consórcio ENGER-PROMON-CKC, responsável pelo gerenciamento das obras e projetos de controle de enchentes na região metropolitana, além das barragens de cabeceira atualmente em curso.

    Em síntese, este estudo global visa diagnosticar os problemas existentes ou previstos no horizonte do projeto (2020) e determinar, do ponto de vista técnico-econômico e ambiental, as soluções mais interessantes, prédimensioná-las e hierarquizá-las. Como tais soluções não envolvem apenas obras, como também recomendações quanto ao gerenciamento da drenagem, o disciplinamento de uso e ocupação do solo, educação ambiental e outras medidas ditas não-estruturais, é necessário que tal planejamento seja o mais abrangente possível, envolvendo em sua realização os representantes dos diversos agentes e órgãos responsáveis pela gestão da infra-estrutura, saneamento básico, meio ambiente e da sociedade civil como um todo.

    Para tanto, o Plano vem sendo apresentado e discutido, desde a suas fases iniciais e o será durante todo o seu desenvolvimento, na Câmara Técnica de Drenagem, do Comitê da Bacia do Alto Tietê. Esta Câmara Técnica possui representantes de praticamente todos os municípios da RMSP e das principais entidades e órgãos ligados à área de Recursos Hídricos atuantes na região.

    Esta participação ativa na concepção e no desenvolvimento do Plano é condição fundamental para sua validação e adoção, de forma que o mesmo não se transforme em mero referencial bibliográfico, mas sim na útil ferramenta de planejamento que se deseja.

    No caso específico da Bacia do Alto Tietê, além dos objetivos mencionados, pretende-se também uniformizar os procedimentos de análise hidráulica e hidrológica e possibilitar uma harmonização entre as ações dos vários órgãos das administrações estaduais e municipais e das concessionárias responsáveis pelo gerenciamento da drenagem urbana nos vários municípios, visando maior economicidade e eficácia das intervenções, que, afinal de contas, visam a melhoria da qualidade de vida como um todo, da população da RMSP. ( vide figura )

    Condicionantes e objetivos principais

    Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que abriga cerca de 16 milhões de habitantes, ou seja, 10% da população do país, em 0,1% do território nacional, o fenômeno das enchentes é sabidamente complexo.

    Erguida sobre uma extensa região que, em última análise, drena quase que completamente para um único rio, o Tietê, as áreas dos municípios que compõem a RMSP praticamente se confundem com a própria bacia do Alto Tietê, que possui uma área de drenagem de 5.650 km2. ( vide figura )

    Já em 1890, após a epidemia de febre amarela em 1889, o Governo do Estado nomeou uma Comissão para estudar os terrenos dos rios Tietê e Tamanduateí, visando o saneamento de suas várzeas, já que à poluição das águas superficiais foram atribuídos os focos da doença.

    A partir daí diversos planos se sucederam e, como sempre se tratavam de projetos de longa duração, a evolução da ocupação urbana obrigou à sucessiva revisão das vazões de projeto. No trecho do rio Tietê compreendido entre a foz do Tamanduateí e Osasco, a vazão de projeto do plano de 1894 era de 174 m3/s, passando a 400 m3/s no projeto de Saturnino Brito (1925); 650 m3/s no Plano HIBRACE (1968) e 1.188 m3/s no Projeto PROMON, de 1986. Os estudos de enchentes elaborados pelo Consórcio HIDROPLAN (1995) já indicaram valores cerca de 20% superiores aos obtidos no Projeto PROMON (1). Esta mesma defasagem entre capacidades e demandas hidrológicas também é verificada em diversos rios e córregos que sofreram intervenções na RMSP.

    Cumpridas as etapas das obras agora previstas, para a melhoria hidráulica da calha do Tietê descritas na ref. (1), sob responsabilidade do DAEE e que atenderão a estas vazões indicadas no HIDROPLAN, qualquer ampliação futura, dadas as interferências existentes e os custos envolvidos, pode ser considerada de difícil viabilização técnico-econômica e mesmo ambiental dada a importância viária de suas marginais. O mesmo ocorre nos trechos já canalizados do Tamanduateí.

    Não menos significativo e complexo é o Sistema de Reversão do Tietê/Pinheiros, atualmente operado pela EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. Na perspectiva de ocorrência de enchente na bacia, é autorizada a reversão do canal Pinheiros, que drena partes importantes da Região Sul da RMSP, para o Reservatório Billings. As condições operativas das Estações Elevatórias de Traição e Pedreira, as condições de armazenamento e da capacidade da vazão dos Canais Pinheiros Inferior e Superior e a própria evolução dos aportes da vazão dos seus afluentes serão analisadas no Plano. O túnel de derivação em estudos pela PMSP/SVP para desviar parte das vazões do rio Pirajussara para o Canal Pinheiros Superior por exemplo, terá os seus benefícios e impactos analisados no Plano. Serão também analisadas e cotejadas as alternativas possíveis de serem implantadas, visando a verificação da viabilidade da ampliação da capacidade de vazão do Sistema, bem como sua integração com o rio Tietê, na operação em cheias.

    ( vide foto )

    Outra condicionante básica importante é a necessidade da manutenção das várzeas a montante da Barragem da Penha, onde, inclusive, o DAEE já vem atuando neste sentido, no Parque Ecológico do Tietê. Estimativas hidrológicas preliminares mostraram que os benefícios das obras de melhoria atualmente empreendidas seriam totalmente anuladas com a ocupação destas áreas de montante. A canalização prevista no âmbito municipal, dos córregos Itaquera, Itaim e Tijuco Preto deverá ser analisada do ponto de vista de sua influência nas vazões deste trecho do Rio Tietê. As canalizações do Córrego dos Cubas e dos Japoneses, no Município de Guarulhos, merecerão também análise e verificação da possibilidade do amortecimento de seus picos de vazão. Estudos específicos deverão ser efetuados visando recomendar o uso e ocupação do solo mais adequados para estas áreas, visando a sua preservação como elementos de amortecimento das enchentes e de preservação ambiental.

    Da mesma forma, no trecho a jusante da barragem da Penha, a Canalização do Cabuçu-de-Cima, ora em fase de execução (DAEE), e o término das Obras de Melhoria da Capacidade do Canal do Aricanduva (PMSP/SVP) deverão ter suas novas afluências analisadas, pois certamente ampliarão as descargas neste trecho do Tietê.

    O Programa de Canalização de Córregos e de Implantação de Vias de Fundo de Vale (PROCAV) empreendido pela Prefeitura Municipal de São Paulo (Secretaria de Vias Públicas /GEPROCAV), com parte dos recursos obtidos junto ao BID e que já canalizou e saneou importantes córregos na cidade, como os córregos do Morro do "S", Mandaqui, Taboão, Anhumas, Machados e Franquinho; deverá ter o seu programa de novas intervenções avaliado, principalmente do ponto de vista dos efeitos a jusante, no âmbito do Plano Diretor de Drenagem. Esse, por sua vez, através de uma visão integrada do problema, deverá indicar alternativas ambientalmente mais favoráveis, quando couber. A prática atual a nível mundial da canalização de córregos urbanos indica para soluções menos radicais, no sentido da redução das velocidades, associada à manutenção e/ou recuperação dos traçados naturais das várzeas remanescentes.

    O  grande deslocamento de populações para as regiões metropolitanas associado à falta de planejamento agravou o problema de drenagem urbana

    Um extenso plano de redução dos picos de enchentes através da implantação de bacias de detenção já vem sendo empreendido pelo DAEE na bacia do Tamanduateí (2) e planejado para outras bacias da região (Pirajussara e Juqueri). Estas ações, que visam reduzir tais aportes, estão inteiramente dentro desta conceituação, e serão incorporados, sem dúvida, ao Plano de Drenagem. Estas medidas voltadas à reservação, encontram exemplo marcante nas intervenções propostas, executadas ou em execução, pela PMSP/SVP no Vale do Pacaembu (reservatório da Praça Charles Miller), na bacia de detenção da Av. Washington Luiz, no córrego Água Espraiada; nas bacias de detenção dos afluentes do rio Cabuçu de Baixo (Bananal e Guaraú) e nos cinco reservatórios em fase de implantação na bacia do Alto Aricanduva; e que serão igualmente considerados no Plano de Drenagem.

    Apesar destes esforços já empreendidos, a quantidade de pontos de alagamento e de inundação verificados na RMSP é ainda considerável, com todas as consequências já bastante conhecidas, tanto na questão da saúde pública, como no transtorno ao sistema de transporte, como na própria depreciação das áreas e dos imóveis. Apenas no município de São Paulo, em cerca de 500 pontos repete-se anualmente com maior ou menor grau de criticidade o flagelo das inundações. Estes pontos críticos tanto estão localizados nas margens dos três rios principais (Tietê, Tamanduateí e Pinheiros); como nos afluentes, quer por influência direta dos canais principais, como por deficiências de capacidade nos próprios tributários por múltiplas razões, e também pela própria influência recíproca. ( vide figura )

    Logo, o Plano de Drenagem deverá identificar as causas principais destas inundações, os pontos de estrangulamento, e propor as medidas mais adequadas que, dadas as condições de contorno referidas, visarão restringir os aportes de vazão aos rios e canais da rede de macrodrenagem compatibilizando-as às capacidades existentes ou passíveis de serem obtidas com obras de melhoria. Para tanto, uma das atividades iniciais do Plano será a identificação das "vazões de restrição" nos diversos afluentes. Esta limitação nos picos de vazão será definida por critérios técnico-econômicos e ambientais, após as discussões pertinentes no âmbito do Comitê da Bacia e Câmara Técnica de Drenagem.

    O Plano de Macrodrenagem pretende ser um marco institucional no tratamento das questões das inundações, uma vez que não se limita à indicação de medidas preventivas ou corretivas. No Plano também haverá a preocupação de se monitorar as cheias nas principais subbacias, também com o objetivo da calibração dos modelos hidráulicos-hidrológicos, além de se propor a desenvolver um modelo de implementação baseado nos conceitos de rateio de custos e de responsabilidades na gestão de drenagem urbana. Nesse contexto o Plano estará integrado às novas políticas de outorga e fiscalização propostas pelo DAEE, conforme previsto na Lei Estadual 7.663/91, no Decreto Estadual nº 41.258/96, na Portaria DAEE nº 717/96, e na Portaria DAEE nº 01/98.

    ( vide foto )

    Concepção geral do Plano

    De acordo com os objetivos e condicionantes gerais, já descritos, foi estabelecido um programa de trabalho contemplando as atividades principais definidas a partir de um processo de amplas discussões com a importante participação do DAEE, da Câmara Técnica de Drenagem, de consultores nacionais e internacionais e do corpo técnico do Consórcio ENGER-PROMON-CKC.

    O desenvolvimento destas atividades seguirá o fluxograma apresentado, nas cinco etapas principais previstas:

    · Etapa 1 – Informações Básicas

    · Etapa 2 – Diagnóstico da Situação Atual

    · Etapa 3 – Recomendações de Intervenções Imediatas

    · Etapa 4 – Ações Prioritárias nas Sub-Bacias

    · Etapa 5 – Ações Sistemáticas

    A Etapa 1 – Informações Básicas, contemplará a coleta e análise de todas as informações disponíveis de interesse dos estudos de drenagem urbana. Praticamente todos os municípios já foram visitados, bem como contactadas as entidades e concessionárias, sendo levantados os problemas existentes, pontos de inundação, planos e projetos existentes bem como as informações cartográficas, topográficas e cadastrais disponíveis. Estas informações serão processadas e organizadas em um banco de dados que fará parte do Sistema de Informações de Drenagem Urbana da RMSP, que será estruturado na etapa 5 e que comporá o Sistema de Apoio a Decisão.

    A Etapa 2 – Diagnóstico da Situação Atual, se refere ao processamento inicial das informações obtidas, sendo efetuada a modelagem hidráulica-hidrológica da situação atual e a análise das obras de drenagem em curso, ou programadas, que subsidiarão as atividades da Etapa 3 – Recomendações de Intervenções Imediatas, que objetivam indicar as áreas a serem protegidas ou reservadas, recomendar eventuais adaptações ou correções nas obras ou projetos em curso, além das medidas de ordem operacional ou de manutenção julgadas necessárias, e um horizonte de curto prazo, definido caso a caso, mas em princípio não superior a dois anos.

    A Etapa 4 – Ações Prioritárias nas Sub-Bacias, visará, a partir de estudos de alternativas e análise da viabilidade técnica, econômica e ambiental, definir as vazões de restrição e propor de forma hierarquizada as medidas estruturais e não estruturais a serem implementadas no sistema de macrodrenagem, como um todo, em um período mais largo de planejamento, que o previsto na Etapa 3, porém, de forma geral, não superando cinco anos.

    As "Ações Sistemáticas", serão estudadas e definidas na Etapa 5, e abrangerão a elaboração do Manual de Diretrizes Básicas, que visará a uniformização dos critérios de planejamento e projeto de obras de drenagem urbana e da planificação e arquitetura do Sistema de Suporte a Decisão, composto por um Sistema de Informações, pelo Programa de Monitoramento Hidráulico-Hidrológico e pelo Modelo de Operação do Sistema. Também nesta Etapa está prevista a elaboração do Programa de Controle de Poluição Difusa, já que a questão do controle da qualidade das águas drenadas é de extrema importância para a recuperação dos nossos rios e córregos, o Programa de Medida de Fiscalização e Controle e do Sistema de Acompanhamento e Revisão do Plano.

    Permeando por todas as etapas, prevê-se a interlocução com os agentes institucionais, que conforme anteriormente ressaltado, é de vital importância ao sucesso do Plano Diretor de Drenagem. ( veja figura )

    O prazo total previsto para os trabalhos é de 24 meses. Em função do interesse demonstrado pelo DAEE, no sentido de dispor-se do resultado de análise em algumas bacias específicas, estabeleceu-se a antecipação de certas atividades de forma a possibilitar a obtenção de diagnóstico preliminar da situação atual até o final do presente ano, envolvendo basicamente os seguintes aspectos:

    avaliação hidráulica-hidrológica preliminar para o rio Tietê entre a barragem de Edgard de Souza e barragem da Penha;

        *  avaliação preliminar da bacia do rio Tamanduateí, considerando as obras de canalização já efetuadas, bem como o programa de implantação das bacias de detenção, atualmente em curso;

        *   análise do comportamento hidráulico-hidrológico da bacia do Pirajussara, considerando as obras de canalização já efetuadas, e as intervenções previstas pelas Prefeituras Municipais envolvidas, bem como pelo DAEE.

    Equipe técnica

    A equipe técnica principal alocada aos trabalhos é composta por especialistas de grande experiência na área de drenagem urbana, e principalmente da Região Metropolitana de São Paulo.

    A coordenação dos trabalhos por parte do DAEE está sendo desenvolvida pelo Engo Ricardo Lange, assessor técnico da Superintendência.

    Além do corpo técnico responsável pelas diversas áreas do projeto, conforme mostrado no Organograma, o Consórcio ENGER-PROMON-CKC houve por bem montar uma Junta de Consultores que contará, com a participação dos Profs. Cedo Maksimovic do Imperial College – Londres e Prof. Ben Urbonas, da Agência de Drenagem Urbana e Controle das Enchentes de Denver – USA, técnicos de notoriedade internacional na área de Drenagem Urbana.

    Também foi articulado um grupo de Acompanhamento Técnico do Plano que participa das reuniões da Junta de Consultores e que conta com representantes da PMSP/SVP (Eng. José Roberto Haddad), GEPROCAV (Eng. Renato Zuccolo), DAEE-CTH (Prof. Mario Thadeu Leme de Barros) e Câmara Técnica de Drenagem (Eng. Marco Antônio Palermo).

    A função primordial do Grupo de Consultores e de Acompanhamento Técnico, além do aporte do saber técnico de que dispõem, é de colaborar na postulação dos critérios e diretrizes do Plano, na análise crítica das atividades em andamento e na correção eventual dos rumos a serem seguidos. ( veja figura )

    Conclusões

    O Plano Diretor de Macrodrenagem delineado de forma sucinta neste artigo, pretende, em suma, de forma consensual e com participação de todos os órgãos responsáveis pela gestão da drenagem urbana da RMSP, mostrar os caminhos mais indicados para a solução ou a minimização do flagelo das inundações na região.

    A visão integrada do problema, a nível da bacia hidrográfica, a consideração dos aspectos ambientais e institucionais e da própria abordagem quanto às possibilidades de financiamento das medidas preconizadas, certamente em muito auxiliarão em transformar o Plano de Drenagem em uma ferramenta de planejamento bastante útil e de aplicação prática a curto prazo.

    (1) Revista Águas e Energia Elétrica – Outubro/98 - "Drenagem Urbana no ABC Paulista" pág. 31

    (2) Revista Águas e Energia Elétrica – Outubro/98 - "Projeto de Melhoria Hidráulica do Rio Tietê" - MAUBERTEC

    Aluisio Pardo Canholi é doutor em engenharia civil e coordenador técnico do Plano pelo Consórcio ENGER-PROMON-CKC.






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8 - FAQ

SAIBA O QUE ACONTECE COM A ÁGUA DA CHUVA ...
           

AS PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES
1 – Os Piscinões vão evitar a ocorrência de Enchentes?

    NÃO. Os Piscinões estão hidraulicamente equivocados. Quem bolou esse tipo de solução não tem experiência com pluviologia e não sabe como acontecem as Trombas D’Água que, diferentemente das chuvas por condensação, causam as enchentes.

    Além disso, um piscinão implantado em Zona Urbana é um empreendimento CARO e inutiliza uma vasta área (cada piscinão ocupa 100.000 m2 em média) onde poderiam ser construídas milhares de moradias populares.

2 – O rebaixamento e a ampliação da calha do rio Tietê vai acabar com as enchentes?

    NÃO. A ampliação da calha do rio pode até aumentar a ocorrência e a proporção das enchentes. A ampliação tende a diminuir a velocidade média das águas e as Foz dos afluentes não estão sendo hidraulicamente tratados.

3 – São Paulo ERA conhecida com São Paulo da Garoa. Por que não ocorrem mais garoas na cidade de São Paulo?

    O regime climático da região metropolitana da Grande São Paulo está sendo mudado pela intervenção irracional do ser humano. Nosso clima era TROPICAL e agora está sendo transformado em Clima de Deserto.

    No regime tropical, as plantas absorvem grande parte da energia do sol no processo de fotossíntese. E, para que as suas folhas não fiquem quentes, as plantas possuem um sistema de refrigeração conhecido como transpiração que joga muita umidade no ar. Com isso o ar fica muito úmido e não fica tão quente como no clima de deserto.

    No regime de deserto, toda a energia do sol é convertida em calor. Ninguém absorve nada desse calor que é jogado todo na atmosfera. O ar se torna muito quente.

4 – Por que a Tempestade de Verão escolhe BAIRROS? As últimas enchentes aconteceram em endereços determinados (Aricanduva, Pirajussara, Parada de Taipas, etc.)

    Porque a Tromba D’Água ocorre por rompimento da camada de nuvens. Quando a térmica ascendente consegue romper a camada de nuvens em certo porto, toda a térmica ascendente acumulada nas proximidades se desloca para lá. Ocorrem ventania com queda de árvores.

    A tromba d’água acontece em 2 etapas. Na primeira etapa, a térmica ascendente consegue romper a camada de nuvens em algum lugar. Por esse buraco a térmica atinge grandes altitudes onde se forma o gelo que cai em seguida. Como há muita térmica subindo o gelo derrete e chega ao chão na forma de gotas geladas. É a primeira chuva. Esse primeira chuva enche os piscinões.

    Com o buraco aberto, as térmicas que estavam acumuladas nas proximidades CORREM para o buraco aberto na nuvem. Formam-se ventos rápidos que derrubam árvores e destelham parte de telhados. Contribuem para a formação de corredores de ventos, os vales, os prédios altos e as grandes avenidas. Esse grande massa de térmica ascendente forma um grande aguaceiro que é conhecido como Tromba Dágua. Nessa segunda etapa, a chuva já encontra os piscinões cheios.

5 – Qual é a diferença entre Chuva de Condensação e Tromba D’Água?

    A chuva de condensação ocorre quando a umidade do ar se torna excessiva. A umidade se condensa na forma de gotas de chuva. Estas chuvas são finas e duram um longo tempo. Se for muito fina chama-se NEVOEIRO. Um pouco mais grossa GAROA.

    A Chuva de Condensação ocorre mais no inverno.

    A tromba d’água ocorre quando uma térmica ascendente consegue FURAR uma camada de nuvem e atinge altas altitudes onde a temperatura é extremamente baixa. Aí a umidade cristaliza na forma de gelo. Daí, a chuva ser gelada e grossa e às vezes o gelo não consegue derreter por completo e chega inteiro ao chão, na forma de granizo.

    É condição si ne qua non a formação de térmicas ascendentes para a ocorrência de trombas d’água. É por causa disso que não tem chovido nas regiões de mananciais.

    A Tromba D’Água ocorre mais no verão.

6 – O LIXO jogado na rua é culpado pelas enchentes?

    NÃO. O lixo pode entupir BOCAS DE LOBOS, mas os rios, quando corretamente canalizado, transporta o lixo com muita facilidade, sendo um bom VEÍCULO de transporte. Nos EUA, por exemplo, o lixo orgânico não é jogado no lixo, mas sim jogado no ralo da pia da cozinha.

    Nas últimas chuvas vimos muitas GARRAFAS PLÁSTICAS boiando nas águas. Garrafa plástica não é lixo. É material reciclável (dinheiro) que foi jogado fora.

    Não jogar lixo nas ruas é politicamente correto. Mas não se pode usar as enchentes como desculpa para se educar uma população. Lições de Cidadania, Educação Ambiental e Educação de Trânsito deveriam ser MATÉRIAS OBRIGATÓRIAS nas escolas.

7 – Qual é a diferença entre BUEIRO e BOCA DE LOBO?

    Nas vias públicas temos 2 tipos de rede de esgoto.

    Um é administrado pelo Estado e forma a Rede de Esgotos de Águas Servidas. Banheiros e cozinhas são ligados nela.

    Outro é administrado pela Prefeitura e forma de Rede de Drenagem de Águas Pluviais. Calçadas e ruas são ligadas nela.

8 – A cidade de São Paulo tem uma boa Rede de Drenagem?

    NÃO. A rede de drenagem da Cidade de São Paulo é talvez uma das piores do mundo. Há bairros inteiros na cidade de São Paulo que não possuem Rede de Drenagem.

    A Rede de Drenagem é um conjunto de galerias, túneis e corredores subterrâneos por onde corre a água da chuva.

    Vocês assistiram o filme ALIGATOR. Todos aqueles corredores e túneis onde vive aquele monstro formam a Rede de Drenagem Urbana. O filme dá uma idéia exata das proporções dessa rede.

    Em São Paulo são raras as tubulações de grande diâmetro onde uma pessoa possa andar dentro. Quase toda a água pluvial É OBRIGADA a correr pela superfície. Formam enxurradas que carregam pessoas e carros.

    Construir Rede de Drenagem não dá voto.

9 – Então, qual é a solução para o problema das Enchentes?

    Uma questão crítica que está sendo empurrada COM A BARRIGA pelos homens públicos é a falta de uma Rede de Drenagem como existe nos países de primeiro mundo.

    Você pode descobrir se a sua rua tem ou não uma adequada Rede de Drenagem se em cada esquina tiver 2 bocas de lobo de cada lado, na parte alta da esquina e se tiver ao menos 2 bocas de lobo no meio de quarteirões longos.

    A sociedade deve fazer uma grande pressão para obrigar o poder público a investir na construção de uma Rede de Drenagem adequada para a cidade de São Paulo.

    Outra questão é encher a cidade com vegetação, de modo que cada canto tenha alguma folha cobrindo. A irradiação do sol será absorvida pela vegetação. Com isso haverá menos calor jogado na atmosfera e não haverá mais Trombas D’água e as chuvas voltarão a ser melhor distribuídas ao longo do mês. Passaremos a ter chuvas mais longas e de menor intensidade pluviométrica.

    MEDIDAS CABÍVEIS:

       1.
       2. Todas as ruas e avenidas deverão receber árvores de copa larga nos 2 lados. Todas as estradas deverão receber árvores altas nos 2 lados e também no canteiro central.
       3. Todas as praças públicas deverão receber árvores altas e de copa larga.
       4. As paredes externas de depósitos, supermercados, shopping centers, igrejas e outras edificações onde a incidência direta de raios solares não é imprescindível, deverão receber proteção por sombra de árvores altas.
       5. As quadras de esporte, estacionamento e outras áreas abertas deverão receber fileiras de árvores em toda área periférica de modo a formar sombras.
       6. Nas laterais de linhas férreas e metrô plantar fileiras de árvores altas de modo a formar sombras.
       7. Nas pontes, viadutos e outras obras de arte, projetar floreiras e jardineiras nas laterais para permitir o plantio de flores e de árvores para formar sombras.
       8. O piso de campos de futebol, quadras de esporte, de estacionamentos e outras área abertas deverão receber, de preferência, vegetação natural em vez de material sintético.
       9. Os estacionamentos ao ar livre, públicos e privados, deverão receber árvores no espaço entre vagas.
      10. Na cobertura de prédios deverão ser formados jardins suspensos com plantas naturais para que os raios solares não incidam diretamente sobre o piso da cobertura.
      11. Nas laterais dos prédios, incentivar a instalação de floreiras com vegetação natural exuberante para absorver a maior parte dos raios solares incidentes.
      12. Na cobertura de galpões, incentivar o emprego de telhas de material pouco refletivo e pouco reflexivo, dando-se preferência a materiais com grande capacidade de absorver calor.
      13. Os Projetos de Novos Loteamentos deverão levar em consideração todos esses aspectos.
      14. Despoluir todos os rios, lagoas e represas para que a flora aquática passe a absorver grande parte da energia solar incidente.

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Este site é mantido pela equipe do Professor WATANABE, que além de ser Engenheiro Civil formado pela Universidade de São Paulo, possui muita experiência em obras de terra como taludes, barragens e muros de arrimo.

Peça mais esclarecimentos ao professor Watanabe, sem nenhum compromisso.
           

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\RMW\chuvas\chuva8.htm em 09/02/2002, atualizado em 23/02/2004.


RESERVATÓRIO ÁGUA ESPRAIADA
DRENAGEM
USINA ELEVATÓRIA DE TRAIÇÃO - UNIDADE IV
USINA ELEVATÓRIA DE PEDREIRA – UNIDADES VII e VIII
1. Áreas de Atuação
As atividades de drenagem desenvolvidas pela THEMAG englobam a coleta e
condução das águas de chuva para destinos convenientes, como reservatórios de
amortecimento de cheias em áreas urbanas ou outros corpos receptores naturais ou
artificiais, a canalização de córregos, projetos de macro-drenagem, planos diretores,
projetos para controle de erosão e projetos de micro-drenagem. Englobam também
projetos de obras de arte correntes e especiais para drenagem de rodovias e ferrovias.
Projetos de reservatórios urbanos para amortecimento de cheias (piscinões).
O projeto de reservatórios urbanos tem sido indicado como solução de drenagem
compensatória aos efeitos negativos que a crescente impermeabilização das bacias
hidrográficas e a canalização dos afluentes causam nos córregos e rios urbanos. A
impermeabilização e canalização levam à vazões de cheias cada vez maiores e a
adoção de reservatórios atenua os picos dessas vazões, permitindo compatibilizar as
efluências com a capacidade de escoamento da rede de drenagem natural ou
artificial existente a jusante.
Os projetos desses reservatórios incluem:
·  levantamento de dados e serviços de campo
·  estudos hidrológicos e climatológicos para cálculo das vazões afluentes
·  estudos hidráulicos do reservatório, dimensões e capacidade de amortecimento
·  estruturas de entrada e estrutura de controle de níveis d’água
·  projeto do reservatório
·  sistema de bombeamento
·  sistema viário no entorno e acessos para limpeza e manutenção do reservatório
·  sistema de retenção de lixo e de controle de sedimentos
·  sistema separador de esgotos sanitários
·  projetos dos equipamentos urbanos e de paisagismo
·  estudos de impacto ambiental
·  instalações especiais
·  detalhamento executivo
·  manuais de operação e manutenção geral e sanitária
A THEMAG tem elaborado diversos projetos de reservatórios urbanos para
drenagem, com diversas configurações: abertos, fechados, com paredes verticais ou
em taludes inclinados, com utilização múltipla da área, para reservação e lazer da
população local, com revestimento em paralelepípedo, rachão, grama e com
escoamento das águas por gravidade ou por sistema misto (gravidade e
bombeamento).
Canalização de Córregos
A THEMAG desenvolve estudos e projetos de canalização de cursos d’água, com a
finalidade de atendimento a planos de desenvolvimento urbano ou viário, para
saneamento de vales e controle sanitário em comunidades. São desenvolvidos
estudos hidrológicos para definição das vazões, estudos hidráulicos para
dimensionamento das seções de escoamento e elaborados os projetos detalhados,
abrangendo especificações de obras, serviços, equipamentos e materiais, bem
como estudos de relocações de edificações e obras viárias, e recomendações para
proteção periférica e medidas de controle de assoreamento.
Projetos de Macro-drenagem
Os projetos de sistemas de macro-drenagem são elaborados com base em planos
pré-existentes ou em sequência à sua elaboração. São projetadas obras hidráulicas
de reservação, canalização de talvegues e de cursos d’água, definidos vãos
mínimos de pontes e demais obras de arte, estudadas relocações de obras viárias e
definidas e projetadas obras hidráulicas especiais, tais como estações de
bombeamento, dissipadores de energia e extravasores. No escopo de trabalho
incluem-se, também, projetos de obras de proteção e contenção de encostas em
áreas acidentadas e de canalizações destinadas a receber os deflúvios provenientes
das redes de drenagem urbana.
Planos Diretores de Drenagem
Esses planos geralmente são elaborados em função de planos diretores de
desenvolvimento de áreas urbanas e/ou metropolitanas. Baseiam-se,
essencialmente, em estudos hidrológicos específicos das bacias contribuintes, nas
previsões de crescimento populacional e nas taxas progressivas de ocupação do
solo, para obtenção dos coeficientes de escoamento superficial, sempre crescentes
ao longo do tempo. Os resultados finais são apresentados na forma de fluxogramas
de escoamento ao longo dos cursos d’água principais, para diferentes épocas, com
previsões e indicações de obras de retificação e canalização de córregos e rios e
recomendações para a implantação das futuras redes de drenagem superficial.
Drenagem de Áreas Baixas
A THEMAG desenvolve projetos com vistas e promover a drenagem de áreas baixas,
isolando-as do corpo receptor por meio de pôlderes e efetuando o bombeamento das
águas coletadas e armazenadas em reservatórios e poços de bombas.
Controle de Erosão
Nesta atividade são elaborados planos e projetos de controle da erosão superficial
provocada pela ação das águas de chuva e dos escoamentos superficiais em áreas
suscetíveis. Inclui obras especiais de contenção de encostas e taludes, obras de
proteção de margens de rios e canais, dissipadores de energia, etc.
Projetos de Micro-drenagem
Esses projetos se destinam à coleta e condução das águas de chuva que se
precipitam sobre o sistema viário e sobre os imóveis, parques, loteamentos, áreas
residenciais, comerciais e industriais urbanas. Incluem pátios de subestações,
fábricas, vilas e canteiros de obras.
Os sistemas de drenagem são compostos por sarjetas, canaletas, bocas de lobo,
poços de visita, drenos cegos e/ou com tubos perfurados, rede coletora e estruturas
especiais, como dissipadores de energia, descidas d’água em degraus, etc.
Projetos de Drenagem para Rodovias e Ferrovias
Os projetos de drenagem englobam o dimensionamento dos vãos de pontes, bueiros
e demais travessias, das canaletas de proteção de cortes, aterros, bermas,
plataforma, das redes coletoras e das estruturas de dissipação de energia.
2. Projetos Realizados
A atuação da THEMAG em Sistemas de Drenagem está resumida a seguir:
Vila Residencial Permanente de Tucuruí (ELETRONORTE)
Detalhamento do sistema de drenagem urbana de uma vila residencial, com área
urbanizada de cerca de 280 ha, para 55.000 habitantes.
Vila Residencial Temporária de Tucuruí (ELETRONORTE)
Detalhamento do sistema de drenagem urbana de uma vila temporária com área
urbanizada de 71 ha, para 10.000 habitantes.
Vila Residencial Porto Primavera (CESP)
Detalhamento do sistema de drenagem urbana de uma vila com área urbanizada de
750.000 m2, para abrigar 2.500 habitantes, constando de 8.500 m de rede e dois
canais com capacidade para 2,4 m3/s e 1,9 m3/s, respectivamente.
Recuperação de Mangues (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CUBATÃO)
Projeto para recuperação e aproveitamento de mangues em Cubatão, para
urbanização em área de aproximadamente 1.800.000 m2, incluindo drenagem do
mangue e drenagem de águas pluviais da área urbanizada.
Usina de Silício Metálico (CAMARGO CORRÊA METAIS)
Projeto básico de drenagem para usina localizada em Tucuruí, estado do Pará, em
área de 350.000 m2, composto por 4.770 m de canalização com diâmetros variáveis
até 1,20 m.
Planos de Expansão em Usina Siderúrgica (COSIPA)
Projetos diversos para a COSIPA, para atendimento de seus planos de expansão
para as etapas de 2.300.000 t/ano e 3.500.000 t/ano, incluindo sistemas de
drenagem superficial de pátios industriais. Projetos básicos e executivos de duas
estações elevatórias de águas pluviais, com capacidades de 7,5 m3/s e 22 m3/s,
respectivamente, ambas dotadas de bombas centrífugas de eixo vertical de
capacidades nominais de 1,5 m3/s cada.
Subestações Diversas
Projetos executivos de drenagem de subestações, para diferentes clientes (CESP,
ELETROSUL, LIGHT, FURNAS, ELETRONORTE, ELETROPAULO, CEB, CELPA,
METRÔ), incluindo os sistemas de drenagem superficial e de coleta e separação de
óleo.
Rodovias e Ferrovias Diversas
Projeto e ATO de Obras de Arte Correntes e Especiais e de drenagem superficial
em estradas e ferrovias:
·  DNER – BR-116/Rodovia Régis Bittencourt – Trecho São Paulo – Miracatu
(duplicação = 29 km e restauração = 94 km);
·  DNER – BR-163/MT – Trecho Itiquira – Pedro Gomes (124,3 km);
·  DNER – Ligação Sul da BR-116 e Anel Rodoviário de São Paulo (16 km);
·  DERSA – Rodovia do Sol – Projeto Básico (101 km);
·  DERSA – SP-160/Rodovia dos Imigrantes (20 km) e ligação com São Vicente e
Praia Grande (6 km);
·  FEPASA – Trecho Evangelista de Souza – Paratinga (40 km);
·  CVRD – Companhia Vale do Rio Doce;
·  RFFSA – Recuperação do trecho Pinhalzinho – Santa Quitéria (65 km);
·  RFFSA – Diagnóstico e projetos isolados no trecho de 8 km entre Raiz da Serra –
Paranapiacaba da ligação Santos-Jundiaí.
Retificação de Rios e Sistema de Macro-drenagem (SIDERÚGICA MENDES
JÚNIOR)
Elaboração do projeto básico de retificação de trechos dos rios Paraibuna e
Estiva, com 4 km e 3 km de extensão, respectivamente, em Juiz de Fora, MG, e de
sistema de macro-drenagem para recuperação de áreas alagadiças, para a
implantação da Usina Siderúrgica Mendes Junior. A vazão de dimensionamento
utilizada no projeto do rio Paraibuna foi de 76 m3/s.
Aeroportos e Estações do Metrô Diversas
Plano Diretor e projetos básico e executivo dos sistemas de drenagem do:
·  Aeroporto de Porto Primavera – CESP
·  Aeroporto de Guarulhos – COPASP
·  Aeroporto de Brasília – CAMARGO CORRÊA
·  Aeroporto de Palmas – GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS
·  Aeroporto de Congonhas – CAMARGO CORRÊA
·  Estação Rio Branco – Linha 4 – METRÔ
·  Estação Luz – Linha 4 – METRÔ
·  Estação José Bonifácio – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Vila Esperança – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Vila Matilde – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Patriarca – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Artur Alvim – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Bresser – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Belém – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Carrão – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Penha – Linha 3 – METRÔ
·  Estação Vila Madalena – Linha 2 – METRÔ
·  Estação Jardim São Paulo – Linha 1 – METRÔ
Drenagem dos municípios de São José, Palhoça e Biguaçu (IPUF)
Plano Diretor e Projeto Técnico final de drenagem superficial para uma área de 8.000
ha, dos quais 3.300 ha já urbanizados, abrangendo 20 bacias hidrográficas dos
municípios de São José, Palhoça e Biguaçu na Grande Florianópolis. Foram
projetados 330 km de rede de galerias, com seções variáveis, desde 0,40 m até 1,5
m x 3,0 m.
Controle de Cheias de São Paulo (ELETROPAULO)
Estudo da capacidade dos canais dos rios Guarapiranga, Pinheiros Superior e
Pinheiros Inferior, das usinas elevatórias reversíveis de Pedreira e Traição e estudo
de operação do sistema Guarapiranga-Pinheiros, integrante do complexo de geração
de energia da ELETROPAULO em Cubatão, tendo em vista estabelecer regras para
o controle de cheias na zona urbana de São Paulo.
Drenagem de Proteção na Usina Nilo Peçanha II (LIGHT)
Drenagem de proteção superficial das obras de adução livre e de restituição da
Usina Nilo Peçanha II, com um total aproximado de 12.900 m de coletores de águas
pluviais em taludes de cortes e em encostas.
Drenagem e Controle de Erosão (SÃO PAULO ALPARGATAS)
Projeto executivo para área de 124.700 m2 localizada em Alphaville, São Paulo.
Drenagem em Usinas Hidrelétricas Diversas
Projeto executivo de drenagem de pátios, acessos e instalações prediais para a:
·  UHE Itaipu – ITAIPU BINACIONAL;
·  UHEs Jupiá, Ilha Solteira, Água Vermelha, Porto Primavera – CESP
·  UHE Paulo Afonso IV - CHESF
Usina Elevatória de Pedreira (ELETROPAULO)
Projetos preliminares, básico e executivo da unidade de bombeamento nº 7 de
Pedreira com 50 m3/s, e projetos preliminar e básico da unidade de bombeamento nº
8, com 75 m3/s de vazão nominal, ambas com 25 m de desnível, para controle de
cheias do Canal Pinheiros, localizado na área urbana do município de São Paulo.
Instruções de Projeto (DERSA)
Elaboração de Instrução de Projeto para estudos hidrológicos e para sistemas de
drenagem de rodovias, estradas, terminais, portos e outros.
Córregos Apiaí e Araçatuba (PM DE SANTO ANDRÉ)
Projetos Básicos e Executivos de Canalização dos córregos Apiaí e Araçatuba,
localizados na área urbana do município, com bacias hidrográficas de 252 ha e 48
ha, respectivamente. A extensão total das canalizações é de 1.500 m no córrego
Apiaí e de 900 m no córrego Araçatuba e as vazões de dimensionamento são: 39
m3/s e 9 m3/s, respectivamente.
Ponte das Bandeiras (PMSP)
Estudos, projetos básico e executivo e ATO para solução das inundações sob a
Ponte das Bandeiras, nas marginais do rio Tietê, área urbana da cidade de São
Paulo. Consistiu na implantação de pôlderes nos trechos baixos das pistas e de dois
reservatórios, um em cada margem do rio, com volume de 600 m3 úteis. Anexo aos
reservatórios foram projetadas duas estações de bombeamento, com 3 bombas tipo
Flyght em cada estação, que permitem recalcar 2.000 l/s para o rio.
Aeroporto Campo de Marte (INFRAERO)
Plano Diretor de Macro Drenagem do Aeroporto, constituído por cerca de 3.700 m de
canais, e Projeto Executivo do desvio do canal existente entre as áreas da
INFRAERO e da CAB (Comissão Aeronáutica Brasileira), área urbana na zona norte
do município de São Paulo.
Reservatório Pacaembu (PMSP)
Projetos Básico e Executivo e ATO de solução não convencional das enchentes na
av. Pacaembu, área urbana de São Paulo. Incluiu concepção de rede de
monitoramento pluviométrico e limnimétrico de eventos chuvosos, o projeto de
reservatório de amortecimento de cheias na Praça Charles Miller, com 80.000 m3 de
volume útil, para armazenar uma chuva com pico de vazão de até 43 m3/s, e a
readequação do sistema de drenagem, direcionando as galerias para o reservatório.
Incluiu também o reforço da micro drenagem ao longo de 2.000 m da av. Pacaembu
e recuperação da galeria existente sob essa avenida, no trecho de 1.200 m a jusante
do reservatório.
Reservatórios no córrego Aricanduva (EMURB)
Projeto Básico de 5 reservatórios de retenção de sedimentos e amortecimento de
enchentes na bacia do córrego Aricanduva, afluente da margem esquerda do rio
Tietê e cuja bacia hidrográfica na foz é de 100 km2. As principais características dos
reservatórios são:
·  Reservatório Aricanduva I: bacia hidrográfica de 4,8 km2, vazão máxima afluente de
51,4 m3/s, vazão máxima efluente de 3,6 m3/s e volume de armazenamento de
173.000 m3;
·  Reservatório Aricanduva II: bacia de 21,5 km2, vazões máximas de 183,5 m3/s
(afluente) e 25,0 m3/s (efluente) e volume de 147.500 m3;
·  Reservatório Aricanduva III: bacia de 36,3 km2, vazões máximas de 279,6 m3/s
(afluente) e 38,8 m3/s (efluente) e volume de 320.000 m3;
·  Reservatório Caguaçu: bacia de 11,0 km2, vazões máximas de 109,9 m3/s e 17,7
m3/s e volume de 391.000 m3.
·  Reservatório Limoeiro: bacia de 8,7 km2, vazões máximas de 76,7 m3/s e 4,4 m3/s e
volume de 343.000 m3.
Córrego Água Espraiada (EMURB)
Projetos Básico e Executivo e ATO de canalização e avenidas de fundo de vale ao
longo do córrego Água Espraiada, cuja bacia tem 11,6 km2 de área. Esses projetos
foram precedidos do Diagnóstico Hidráulico-Hidrológico do Sistema Integrado do
Dreno do Brooklin, que inclui os córregos Cordeiro, Água Espraiada e Traição, com
área total da bacia hidrográfica de 47 km2, em região densamente urbanizada da
zona oeste do município de São Paulo (cerca de 700.000 habitantes). Como produto
desse diagnóstico, resultaram duas alternativas de solução para a insuficiência do
Dreno do Brooklin: seu reforço convencional, com lançamento no Canal Pinheiros
Inferior, ou uma solução não convencional, aproveitando-se as condições naturais do
córrego Água Espraiada. Nessa solução, composta por reservatório de
amortecimento de cheias no córrego e derivação parcial do Dreno do Brooklin para
uma estação de bombeamento, o lançamento das águas se dá diretamente no Canal
Pinheiros Superior.
Para avaliar a influência das duas soluções sobre o NA nos dois tramos do Canal
Pinheiros, foi feita modelagem hidráulico-hidrológica da bacia contribuinte, com área
de drenagem de 270 km2 e com uma população estimada de 4.000.000 habitantes.
O projeto final constou de:
·  Reservatório para amortecimento de cheias no córrego Água Espraiada, para 110
m3/s de vazão de pico afluente e 29,7 m3/s de efluente, com 364.000 m3 de
capacidade de armazenamento e platô para uso secundário como área de lazer;
·  Sistema de bombeamento, com capacidade máxima de 45 m3/s, conduzindo parte
das águas do Dreno do Brooklin diretamente para o Canal Pinheiros Superior.
Estudo em modelo reduzido da galeria de derivação do Dreno do Brooklin até a
Estação de Bombeamento;
·  Canalização do córrego Água Espraiada, numa extensão total de 8 km, para a
vazão máxima de 110 m3/s, entre o Dreno do Brooklin, na Av. Engº Luís Carlos
Berrini, e a av. Washington Luís (4 km)e entre o reservatório e a av. George
Corbisier. Seções do canal variáveis, do tipo retangular, com até 10 m de base, e
do tipo mista (trapezoidal/ retangular);
·  Projeto básico de canalização entre a av. George Corbisier e a Rodovia dos
Imigrantes, num total de 2 km de extensão;
·  Túnel de descarga do reservatório sob a av. Washington Luís, com 4,40 m de
diâmetro e 110 m de comprimento;
·  Quatro túneis de descarga da estação de bombeamento para o Canal Pinheiros
Superior, sob as avenidas marginais e a ferrovia de CPTM, com 2,20 m de diâmetro
e 82 m de comprimento cada um;
·  Projetos básico e executivo de micro-drenagem das pistas de fundo de vale e
reforço da drenagem das vias transversais ao córrego Água Espraiada;
·  Projeto das obras de desvio e corta-rios;
·  Remanejamento de cinco adutoras com diâmetros variáveis entre 600 mm e 1.500
mm;
·  Projeto executivo de rede de esgotos sanitários no entorno do reservatório, com
2.700 m de extensão total;
·  Instalações prediais de água, esgotos, drenagem e incêndio na Estação de
Bombeamento;
·  Estudos ambientais do reservatório, incluindo aspectos sanitários, de qualidade da
água e da contaminação do solo e das condições de segurança;
·  Concepção de redes de monitoramento pluviométricas, fluviométricas, da qualidade
da água e da descarga sólida.
Córrego Cabuçu de Baixo (CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO)
Projeto Básico de obras para controle de enchentes na bacia do córrego Cabuçu de
Baixo, localizado na zona norte do município de São Paulo, com cerca de 41 km2 de
área , sendo que as cabeceiras situam-se na serra da Cantareira e a parte baixa é
urbanizada, com uma população de cerca de 300.000 habitantes. O córrego Cabuçu
de Baixo é afluente da margem direita do rio Tietê.
O projeto foi precedido por diagnóstico das condições hidráulicas das obras de
canalização existentes e estudo de alternativas de solução, resultando na
recomendação de se projetar dois reservatórios na bacia: o do Bananal, no afluente
de mesmo nome, cuja bacia hidrográfica é de 13,40 km2 e o do Guaraú, outro
afluente do córrego Cabuçu de Baixo, com bacia de 9,10 km2. Os reservatórios
projetados na ocasião tinham volumes de 210.310 m3 e 256.000 m3 e recebiam
cheias de vazões de pico de 65 m3/s e de 93 m3/s, respectivamente.
Na ocasião desse estudo foram feitas coletas de amostras da água afluente aos
reservatórios, com medição da descarga sólida e análise da qualidade das águas.
Ponte Attílio Fontana/Anhangüera (CONSTRUTORA GOMES LOURENÇO)
Projetos Básico e Executivo e ATO do sistema de proteção contra enchentes nas
marginais do rio Tietê, no trecho sob a ponte, localizada na área urbana do município
de São Paulo (Zona Oeste). Incluiu o projeto de pôlderes, reservatórios e poços de
bomba e o redirecionamento do sistema de drenagem para os reservatórios.
As bacias hidrográficas que contribuem nas margens esquerda e direita da ponte tem
áreas de 14 ha e 5,9 ha, respectivamente, os reservatórios tem volumes de 1.700 m3
e 800 m3 e os túneis de descarga, de diâmetro de 1,40 m, tem 100 m e 35 m de
extensão. Os poços de bombas são dotados de 8 e 4 conjuntos moto-bomba,
respectivamente, com capacidade unitária de 300 l/s cada.
Estrada M’Boi Mirim (CONSTRUTORA SÃO LUIZ E CONSBRAS)
Revisão do Projeto Básico e Projeto Executivo de duplicação da Estrada M’Boi Mirim,
entre a rua Daniel Klein e rua Emilio Kerr e entre essa última e a rua Ribas do Rio
Pardo, com extensões de 1.650 m e 1.870 m, para os trechos III e IV
respectivamente. O sistema de drenagem intercepta diversas bacias hidrográficas
em área urbanizada, que totalizam áreas de 327.000 m2 no trecho III e 690.000 m2
no trecho IV e demandaram a canalização de um córrego e redes de drenagem com
seções variáveis ao longo da via.
-  Reservatório Caguaçu (EMSA)
Projeto executivo e ATO de reservatório para controle de cheias do córrego
Aricanduva, localizado no córrego Caguaçu, afluente do Aricanduva que drena uma
área de 11 km2 em área urbana da Zona Leste do município de São Paulo. O volume
útil do reservatório resultou em 323.111 m3 e, nas condições de projeto, propicia o
abatimento do pico das cheias de 109,9 m3/s para 46,1 m3/s.
O projeto foi precedido por estudos de diagnóstico da bacia do Aricanduva, estudo
de alternativas e projeto básico da solução escolhida. Foi feita medição de descarga
sólida e análise da qualidade da água afluente .
RESERVATÓRIO ARICANDUVA III
Reservatório Bananal (QUEIROZ GALVÃO)
Projeto Executivo e ATO do reservatório situado na bacia do córrego Cabuçu de
Baixo, para controle de cheias. O volume final do reservatório resultou em 264.240
m3 e propicia a atenuação do pico de cheia de 59,4 m3/s para 19,8 m3/s.
Ponte da Casa Verde (CAMARGO CAMPOS)
Projetos Básico e Executivo e ATO das obras do Sistema de Proteção contra
Enchentes da Ponte da Casa Verde, sobre o rio Tietê. Incluiu o projeto de pôlderes
de concreto ou aterro compactado, reservatórios para amortecimento de uma parte
das afluências, sistemas de bombeamento das vazões excedentes e travessias sob
as marginais através de túneis, que restituem as águas bombeadas no rio Tietê, em
ambas as margens. Incluiu também o redirecionamento do sistema de microdrenagem
aos reservatórios.
As bacias contribuintes às margens esquerda e direita da ponte tem áreas de 16 e 18
ha, os reservatórios foram projetados com volumes de 2.300 m3 e 3.400 m3 e os
sistemas de bombeamento são compostos por 8 conjuntos moto-bomba cada um, de
capacidade unitária de 300 l/s por bomba. Os túneis têm 1,40 m de diâmetro e
comprimentos de 60 m e 98 m, nas margens esquerda e direita do rio,
respectivamente.
Córrego da Mooca (PMSP)
Projeto Básico de obras contra enchentes da galeria do córrego da Mooca, afluente
do rio Tamanduateí, com bacia hidrográfica de 15 km2, em região urbana, onde
reside uma população estimada em 220.000 habitantes.
O projeto foi precedido do diagnóstico hidráulico das canalizações existentes e de
estudo de alternativas, abrangendo: o reforço das galerias por método não
destrutivo, a implantação de reservatórios de amortecimento de cheias e a derivação
de parte das vazões, também por método não destrutivo, para lançamento direto no
rio Tamanduateí, a montante da foz do córrego da Mooca.
A solução escolhida englobou reforço em alguns trechos da galeria existente e
galerias novas, num total de 1.620 m de extensão, com dimensões internas desde 6
m2 até 26 m2, 900 m de canal e 2.790 m de túneis, com diâmetros de 4,60 m e de
5,40 m.
Reservatório Guarau (QUEIROZ GALVÃO)
Projeto Executivo e ATO do reservatório Guarau, situado na bacia do córrego
Cabuçu de Baixo. Nessa fase, de detalhamento, tanto o córrego Guarau como o
próprio Cabuçu de Baixo foram encaminhados para o reservatório e foi eliminado o
platô intermediário, cuja função adicional era de área de lazer.
O volume final do reservatório resultou em 229.500 m3, reduzindo o pico das vazões
de 88,6 m3/s (afluente) para 56,7 m3/s (efluente).
Reservatório Aricanduva III (EMSA)
Projeto executivo e ATO de reservatório para controle de cheias do córrego
Aricanduva. No eixo da barragem a bacia de drenagem do córrego tem 36,3 km2 de
área, em região urbanizada do município de São Paulo. O volume útil do reservatório
resultou em 256.630 m3 e, nas condições de projeto, proporciona um abatimento no
pico das vazões de 100 m3/s (afluente) para 71 m3/s (efluente).
O projeto foi precedido por estudos de diagnóstico da bacia do córrego Aricanduva,
estudo de alternativas e projeto básico da solução escolhida. Foi feita medição de
descarga sólida e análise da qualidade da água afluente.
Reservatório TT-4 a/SEMASA (DAEE)
Projeto Executivo do reservatório que integra o Programa de Combate às
Inundações – Plano Diretor de Macrodrenagem da bacia hidrográfica do rio Tietê.
Recebe águas dos córregos Caçaqüera e de seu afluente Itrapoã, com bacia
contribuinte de 8,2 km2, totalmente inserida em área urbana. O córrego Caçaqüera
é afluente do rio Tamanduateí.
O reservatório de detenção é do tipo “off-line”, tem 217.000 m3 de volume útil e o
esgotamento de suas águas se dá por sistema misto: a gravidade e por
bombeamento. O pico da vazão afluente de projeto, de 159,4 m3/s, se reduz para
69,4 m3/s na saída do reservatório.
O projeto incluiu o detalhamento de vertedouro lateral, poço de bombas para 5
conjuntos moto-bombas com capacidade de 700 l/s cada, reforço de galeria em
túneis, composto por 8 linhas de túneis de 1,50 m de diâmetro e 33 m de
comprimento em cada linha, 400 m de canalização do córrego Caçaqüera no trecho
a jusante do reservatório, para veicular a vazão de 70 m3/s. Incluiu também a
relocação de adutora da SEMASA (f 1.000 mm e 140 m de extensão) e de coletor de
esgotos da SABESP (f 800 mm com 220 m de extensão).

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