sábado, 29 de outubro de 2011

peixe lebiste o barrigudinho



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Peixe come até cem larvas por dia do mosquito transmissor da dengue
13 de Março de 2003 (Bibliomed). A nova arma contra a dengue tem apenas quatro centímetros de comprimento e pode acabar com até cem larvas por dia do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. É o peixe lebiste, conhecido como barrigudinho. Pesquisadores do Laboratório de Citogenética Animal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, estão desenvolvendo um projeto com duas grandes vantagens: a possibilidade de reduzir a população do mosquito da dengue usando um predador natural ao invés de veneno, e a chance de envolver as crianças nesse processo de forma divertida.

O zootecnista Luiz Carlos Guilherme, um dos coordenadores da pesquisa, explica que quase todas as espécies de peixe se alimentam de larvas em alguma fase da vida, mas que o lebiste foi escolhido porque, além de ser larvófago (se alimenta de larvas de insetos, entre eles o Aedes), é natural da região, não cresce muito, é de fácil reprodução e como tem baixa exigência de oxigênio não há necessidade de investimentos em bombinhas de ar.

A próxima etapa do projeto, que começa ainda neste mês, será dentro das escolas de Uberlândia. A idéia é incentivar as crianças a criar os peixes. O especialista explica que basta colocar um peixe macho e duas fêmeas em uma bacia plástica com 10 a 15 litros de água. A cada 40 dias nascerão de 20 a 40 peixinhos. O macho é o peixe mais colorido e apresenta a nadadeira caudal grande.

Segundo o coordenador do Programa de Combate à Dengue em Uberlândia, Paulo César Ferreira, a prefeitura pretende colocar os peixes nos pontos críticos de focos, principalmente nas caixas d'água da cidade. “Estima-se que Uberlândia tenha 13 mil caixas d'água sem tampa, que correspondem a 24% dos focos de dengue na cidade. Mas antes, temos que desenvolver um sistema para impedir que o peixe desça pela tubulação”, disse. Os peixes também poderão ser colocados em chafarizes, borracharias e criadouros de animais. Paulo César ressalta, no entanto, que o projeto não substitui outras ações de combate à dengue, como a limpeza do lixo, o recolhimento de pneus e o fumacê.

As prefeituras ou instituições de ensino que tiverem interesse em aderir ao projeto podem ligar para (34) 3216-1729 ou 3218-2489.
Métodos de previsão e monitoramento da epidemiologia do
Dengue
A detecção precoce de surtos por doenças transmissíveis de
declaração obrigatória é importante para ativar ações de investigação e
controle. É necessário que métodos sejam aplicados com o objetivo de
monitorar momentos de anormalidades no crescimento do número de
casos e que se possa estabelecer critérios para avaliar que tipo de
situação está ocorrendo: uma ocorrência dentro do padrão esperado ou
uma situação em que o número de casos requer uma ação imediata por
se detectar um alarme recém ocorrido. Quanto mais cedo este alarme for
detectado, mais rápido poderá se estabelecer estratégias de combate ao
surto destas doenças.
O monitoramento não pode apenas se apoiar em gráficos
descritivos. O método estatístico com técnicas de monitoramento e a
determinação dos limites de controle que estabelecem padrões para a
ocorrência da doença devem ser aplicados. E entre muitas técnicas
algumas de difícil compreensão para não estatísticos e outras de
surpreendente simplicidade oferecem uma respos ta mais confiável para
a determinação de limites aceitáveis das doenças transmis síveis, em
especial aquelas cujo principal vetor é o aedes aegypti.
Entre os métodos abordados para a previsão e o monitoramento
da epidemiologia do Dengue, estão os modelos de Box- Jenkins em
especial os modelos da família autoregressivo de ordem 1, o AR(1), o
modelo de suavizamento exponencial com parâmet ro de suavizamento
igual a 0,9, o modelo Média Móvel, Números Índices de Sazonalidade
para a detecção de períodos sazonais na ocorrência do Dengue, o
Método Analítico Gráfico recomendado pelo órgão internacional de
saúde Control Desease Center (CDC) devido a sua simplicidade e
resultados obtidos. Neste método, ao se observar a ocorrência de um
número de residências com dengue, procura - se determinar se o mesmo
está de acordo com os valores históricos observados anteriormente.
Outros modelos Box- Jenkins do tipo ARIMA(p, d, q) foram
estudados para os valores p = 1, 2; d = 1, 2 e q = 1, 2 e segundo o
critério de Akaike, Variância residual e Soma de Quadrados dos
resíduos, uma análise inicial aponta a escolha do melhor modelo como
sendo o ARIMA(1, 0, 0), ou seja: autoregres sivo de ordem 1 já citado
anteriormente.
O suporte das medidas estatísticas descritivas em especial o Box
Plot e o intervalo para a média ao longo da série anual são muito úteis e
permitem desper tar de forma empírica a identificação de períodos
anormais cuja confirmação necessitam do apoio de outras técnicas já
citadas.
O monitoramento pode ser realizado através do controle
estatístico de qualidade com o apoio das cartas de Shewhart para a
média ou as cartas Cusum. Ambas cartas proporcionam uma percepção
gráfica que muito contribui para esclarecer períodos anormais do
número de casos do Dengue, o que é recomendável para uma série de
observações semanais de cinco anos ou mais anos.
Entre os métodos de maior simplicidade e aplicação está o Método
Bortman que propôs uma representação gráfica onde se determina
corredores endêmicos calculados com base em séries de 5 a 7 anos
anteriores ao ano em análise. Estes corredores são obtidos com o cálculo
da média geomét rica do número de casos por unidade de tempo e os
respectivos limites de 95% de confiança.
Os resultados obtidos com a análise dos dados do Dengue em João
Pessoa no período de 1998 a 2002 mostram que em alguns períodos a
ocorrência do número de casos do Dengue estava fora de controle. O
melhor modelo para previsão é o autoregressivo de ordem 1 e os
corredores endêmicos estão sendo calculados enquanto que as previsões
estão em procedimento de estimação pontual e intervalar. Está se
implementando a fase da elaboração da checagem dos modelos em
estudo.
Na fase inicial da implantação do monitoramento e previsão do
Dengue, obteve - a escolha dos modelos como o primeiro passo. Sua
aplicação para o monitoramento e previsão é o segundo passo que
representará um ganho importante na análise dos dados do Dengue que
agora serão tratados com uma metodologia que permite um melhor
controle e previsão de seus possíveis surtos.

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